

A comédia Os normais 2 estreou em primeiro lugar no ranking, com bilheteria de R$ 3,5 milhões e público de 361 mil espectadores. Esta é a segunda maior abertura em renda de um filme nacional do ano (atrás de Se eu fosse você 2, que estreou em janeiro, com R$ 5,6 milhões) e a quinta maior da retomada em público. Em relação aos 20 mais vistos deste fim de semana, o filme ficou com um market share de 44,5%.
Produzido pela Globo Filmes e lançado pela Imagem, Os normais 2 ganhou grande campanha de lançamento e o maior circuito de estreia para uma produção nacional no período da retomada: foram 432 salas e 359 cópias (em 33 salas o filme está sendo exibido com projeção digital). Considerados os valores nominais, sem correção, a renda da abertura conseguiu superar a do primeiro filme, que foi lançado em outubro de 2003 em 249 salas e faturou R$ 3 milhões. Mas, em publico, o primeiro se saiu melhor, com 421 mil espectadores (resultado 14% superior). Os números finais do primeiro chegaram a 2,9 milhões de espectadores e bilheteria de R$ 19,8 milhões.
Os melhores resultados de Os normais 2 se concentraram na cidade do Rio de Janeiro, que somou mais de 61,4 mil espectadores, enquanto o circuito de São Paulo, apesar de maior, somou público de 54 mil. Os números foram bastante positivos em Brasília e em várias cidades do Nordeste – mas em algumas cidades do interior de São Paulo e da região Sul, como Florianópolis, o filme não funcionou tão bem.
Depois de Se eu fosse você 2, A mulher invisível e Divã, esta é a quarta comédia nacional de 2009 com grandes ambições de público. O filme chegou ao circuito na última semana de um mês que causou apreensão, pois agosto apresentou as primeiras baixas depois de sete meses de forte crescimento. E Os normais 2 conseguiu puxar uma nova alta: os números deste fim de semana foram 18% superiores em renda e 6% maiores em público em relação ao mesmo período do ano passado.
O fim de semana contou ainda com as estreias do drama Amantes, da PlayArte (que estreou em quinto lugar), a aventura infantil A pedra mágica, da Warner (10º lugar), e o polêmico filme de horror de Lars Von Trier, Anticristo, em 12º. Em circuito limitado, entraram em cartaz Caro senhor Horten, da Imovision, O milagre de Santa Luzia, e Batatinha – Poeta do samba (ambos com distribuição própria), não chegaram a figurar no ranking.
Fonte: Filme B
O Festival do Rio divulgou a lista de selecionados para a Première Brasil nas categorias ficção e documentário, ambas divididas entre filmes em competição e filmes hors concours. Quase toda mostra é composta por longas ainda não exibidos no Brasil, um diferencial comparado com a edição do ano passado, que apresentou apenas quatro produções inéditas. Os principais vencedores do Festival de Paulínia, por exemplo - Olhos azuis e Antes que o mundo acabe - serão exibidos, mas fora de competição. Entre os filmes confirmados estão longas recentemente selecionados para festivais estrangeiros, como Hotel Atlântico, de Suzana Amaral, que participa do Festival de Toronto na seção Masters, Os famosos e duendes da morte, Esmir Filho, que concorreu ao Leopardo de Ouro no último Festival de Locarno, e os dois longas representantes do Brasil no Festival de Veneza, Insolação, de Daniela Thomas e Felipe Hirsch, e Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Karim Ainouz e Marcelo Gomes. Confira a lista completa:
Filmes de ficção – mostra competitiva
Bellini e o demônio, de Marcelo Galvão (90min, SP)
Cabeça a prêmio, de Marco Ricca (104min, SP)
Do começo ao fim, de Aluízio Abranches (95min, RJ)
História de amor duram apenas 90 minutos, de Paulo Halm (90min, RJ)
Hotel Atlântico, de Suzana Amaral (107min, SP)
Natimorto, de Paulo Machline (92min, SP)
O amor segundo B. Schianberg, de Beto Brant (80, SP)
Os famosos e os duendes da morte, de Esmir Filho (101min, SP)
Os inquilinos, de Sérgio Bianchi (SP)
Sonhos roubados, de Sandra Werneck (85min, RJ)
Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (71min, PE)
Hors concours – Ficção
Antes que o mundo acabe, de Ana Luiza Azevedo (97min, RS)
Insolação, de Daniela Thomas e Felipe Hirsch (100min, SP)
Olhos azuis, de José Joffily (105min, RJ)
Documentário – Competição
À margem do lixo, de Evaldo Mocarzel (84min, SP)
Belair, de Noa Bressane e Bruno Safadi (80min, RJ)
Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez (110min, RJ)
Reidy, a construção da utopia, de Ana Maria Magalhães (77min, RJ)
Sequestro, de Wolney Atalla (94min, SP)
Tamboro, de Sergio Bernardes (90min, RJ)
Penas alternativas, de Lucas Margutti e João Valle (71min, RJ)
Hors concours – Documentário
Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski
Alô, alô Therezinha, de Nelson Hoineff