Número de Episódios: 13
Distribuição: 20th Century Fox
O ano é 1965. O cenário, um clube de bocha em São Bernardo do Campo. O cartaz anuncia: "Baile de primavera -- Venha dançar". Um globo de discoteca pendurado no teto gira enquanto jovens casais dançam.
De um lado da pista de dança, se encontra Lula, ainda imberbe, sentado ao lado de um amigo. Do outro lado, está Cléo Pires, também acompanhada de uma amiga. Os dois trocam olhares tímidos e apaixonados.
Finalmente, Lula se levanta e se dirige para a mesa onde Cléo está sentada; ela se apruma. Ele a convida para dançar ao som de "Sua Estupidez", de Roberto Carlos. Ao fundo, o pulsar de um enorme coração é marcado pelo pisca-pisca de uma luz vermelha.
É o momento em que Lula, vivido pelo ator Rui Ricardo Dias, dá o primeiro beijo em Lurdes, interpretada por Cléo Pires, no filme "Lula, o Filho do Brasil", cinebiografia do presidente Lula.
Dirigido por Fábio Barreto, o longa, baseado no livro escrito por Denise Paraná (que trabalhou como assessora do presidente), começa com o nascimento de Lula, em 1945, e vai até 1980, ano da morte de Lindu, a mãe do político.
"O filme é todo permeado por Lindu [interpretada por Glória Pires], uma mulher forte, que criou sete filhos sozinha", disse Barreto à Folha Online. "Não é um filme político".
A trama também mostrará o primeiro casamento de Lula com Lurdes, que morreu grávida de sete meses, seu envolvimento com o movimento sindical e seu primeiro encontro com Marisa Letícia (papel de Juliana Baroni), a atual primeira-dama.
Emoção
Segundo Barreto, a ideia de rodar um filme sobre Lula surgiu desde o início do primeiro mandato do presidente, em 2003.
"Meu pai [Luiz Carlos Barreto, o produtor do longa] é um nordestino também, uma pessoa que veio do Nordeste e venceu no Sul, e viu identificações da vida dele [com a de Lula]", conta o diretor de "O Quatrilho", que ainda acrescentou que a trajetória do presidente é "um manancial de dramaturgia muito forte, muito profundo e denso".
Barreto também afirmou que já conhecia Lula e que sua família é muito próxima da do político.
"Depois que a gente resolveu fazer o filme, falamos com o Lula, lemos alguns trechos do roteiro para ele, que gostou, aprovou. Ele até preferiu não tomar muito conhecimento, disse que vai 'botar confiança, vou me preparar para me emocionar'", revela.
Orçado em R$ 11 milhões (soma alta para os padrões brasileiros), o diretor afirmou que os recursos captados para a produção vieram totalmente de empresas privadas.
Para ele, o filme, previsto para estrear em janeiro de 2010 (ano eleitoral), não vai influenciar na popularidade do presidente. "O Lula não precisa de um filme para isso".
O popstar americano Michael Jackson, afastado dos palcos há mais de dez anos, anunciou nesta quinta-feira que fará uma série de shows em Londres, no mês de julho.
"Farei shows com as músicas que meus fãs querem ouvir", disse Jackson, em um palco montado na gigantesca O2 Arena, na capital inglesa, diante de milhares de fãs.
Usando óculos escuros e uma jaqueta em estilo militar, ele afirmou que essas serão suas últimas apresentações antes de se aposentar.
"É isso. É isso. Esses serão meus últimos shows em Londres. É isso. E quando digo que é isso, é para valer", afirmou Jackson no O2 Arena.
O cantor não especificou quantos shows ele fará, mas cartazes das apresentações informaram que serão dez.
Os shows acontecerão no O2 Arena, em Londres, e a previsão é de que os ingressos se esgotem rapidamente.
Desde 2001, o popstar não se apresenta para o grande público; seu último álbum de estúdio também foi lançado nesse mesmo ano.
Jackson já vendeu mais de 750 milhões de álbuns e ganhou 13 prêmios Grammy. "Thriller", lançado em 1982, ainda é o disco recordista de vendas.
A atriz Megan Fox, 22, foi convidada para estrelar o filme "Fathom", baseado no comic book homônimo de Michael Turner. A informação foi publicada nesta quarta-feira no site da revista de entretenimento "Variety".
Fox irá interpretar Aspen Matthews, uma garota que é abandonada de um navio e adotada por um militar. Ela se torna uma nadadora campeã e uma bióloga marinha. Quando adulta, ela descobre que tem poderes aquáticos.
Conforme a "Variety", "Fathom" terá roteiro de Jordan Mechner, o mesmo que escreveu a história do novo game de "Príncipe da Pérsia". O filme será produzido por Peter Safran, Brian Austin Green (ex-noivo da atriz) e Steve Bessen.
Turner, que morreu no ano passado, será creditado como produtor executivo do filme ao lado de Frank Mastromauro. Atualmente, o comic book é publicado nos Estados Unidos pela Aspen, uma editora criada por Turner.
Fox e Green
O fim do noivado e também do relacionamento da atriz geraram um verdadeiro frisson na imprensa de celebridades dos Estados Unidos. No entanto, Fox voltou a circular com o ex, Brian Austin Green, 35.
Segundo imagens do E! Entertainment Television, Fox saiu da casa do ex na manhã de um dia da última semana. Eles também foram vistos passeando em um shopping.
A especulação do canal é que Fox tenha reatado seu relacionamento com Green. A separação foi até alvo de uma enquete da revista "UsMagazine", que perguntou qual seria o "novo par ideal" da atriz.
A separação de Fox e Green foi amigável, segundo relato de um amigo para a revista "People". "A decisão foi mútua. Eles ainda são amigos", disse a fonte, segundo a revista.
Fox e Green se encontraram em 2004 e noivaram em novembro de 2006.
A atriz está no elenco de "Transformers: Revenge of the Fallen" --previsto para 2009--, como Mikaela Banes, mesmo personagem que viveu em "Transformers" (2007).
Fox foi eleita a mais sexy de 2008 pelo site Fandango e também, em 2008, pela revista "FHM".
No cinema, Fox deve substituir Angelina Jolie em "Tomb Raider".
| Megan Fox foi eleita a mulher mais sexy do mundo por homens e mulheres, segundo site |
A atriz Alice Braga vai atuar ao lado dos atores Mickey Rourke e Vincent Cassel em uma adaptação do livro "11 Minutos", de Paulo Coelho, informou nesta quarta-feira a revista "Variety".
O filme será dirigido por Hany Abu-Assad, o mesmo de "Paradise Now" (2005).
Na trama, Braga interpreta uma garota ingênua que é traída por seu primeiro namorado e se torna uma garota de programa de uma boate refinada em Genebra.
Cassel irá interpretar um executivo do ramo musical que a leva à prostituição e Rourke será o dono da boate. O galã italiano Riccardo Scamarcio está cotado para o filme.
As filmagens começam em junho no Brasil e na Suíça e a produção será de Gianni Nunnari. O próprio diretor, Abu-Assad, assina o roteiro, originalmente escrito por Marcos Bernstein.
O livro de Paulo Coelho "11 Minutos" foi traduzido para mais de 40 línguas é um sucesso editorial em todo o mundo.
A atriz brasileira, que estrelou filmes nacionais de sucesso como "Cidade de Deus" (2002), "Cidade Baixa" (2005) e "Ensaio Sobre a Cegueira" (2008), acaba de filmar o thriller de ficção científica "Repossession Mambo", com Jude Law e Forest Whitaker.
Rourke, indicado ao Oscar por "O Lutador" (2008) foi convidado para estrelar o vilão em "Homem de Ferro 2". Já Vincent Cassel acaba de ganhar o César --o Oscar do cinema francês-- pela atuação em "L'Ennemi public nº 1" (2008).
Leonardo DiCaprio será o ator principal de "Inception", um filme de ficção científica dirigido por Christopher Nolan, o aclamado cineasta de "Batman - O Cavaleiro das Trevas".
Nolan dirigirá a história escrita por ele mesmo para a Warner Bros, que pretende lançar o filme em 2010, informa a revista "Variety", acrescentando que o acerto com DiCaprio está na fase final.
Os detalhes do roteiro são mantidos em segredo e sabe-se apenas que trata-se de uma história de ficção científica contemporânea.
O britânico Christopher Nolan, 38, ficou conhecido em Hollywood em 2001, quando foi indicado para o Oscar por seu filme "Memento".
Em 2008, com "O Cavaleiro das Trevas", um dos filmes de maior arrecadação da história, com o ator Christian Bale e Heath Ledger no papel de Coringa, Nolan consolidou seu nome em Hollywood. Ledger recebeu um Oscar póstumo pelo papel.
Uma cópia rara do primeiro número da revista em quadrinhos "Action", que lançou o Super-Homem como o primeiro super-herói, vai ser leiloada. Os lances começam nesta sexta-feira (27) e o preço inicial é de apenas US$ 1 (R$ 2,35).
Os especialistas neste tipo de leilão sabem, no entanto, que esse valor será multiplicado na venda. O expert em quadrinhos americano Stephen Fishler avalia que uma cópia semelhante em bom estado de conservação vale US$ 126 mil (R$ 296 mil).
Em 1938, quando foi lançada, a revista custava US$ 0,10. Em valores atuais, isso equivale a US$ 1,50 (R$ 3,50).
O dono da revista, que não foi identificado, comprou o exemplar por US$ 0,35 em 1950 e o guardou por 58 anos. Existem aproximadamente cem cópias do número 1 da "Action".
O leilão será feito pela Metropolis Collectibles, que disponibiliza mais informações em seu site.
A última revista em quadrinhos do Homem-Aranha é oficialmente a mais vendida do século 21 nos Estados Unidos. Trata-se de "Amazing Spider-Man", edição 583 com o presidente Barack Obama na capa.
A publicação já ultrapassou as 350 mil unidades vendidas, e precisou ser reimpressa quatro vezes pela Marvel, informa o site "ICV2", que acompanha as vendas de quadrinhos nos Estados Unidos.
Até o lançamento deste gibi, o mais vendido do século era "Captain America #25", que vendeu 250 mil unidades.
Apesar do recorde, os números não estão nem perto do que ocorria no início da década de 90, quando a venda de gibis de super-heróis ultrapassava a casa das milhões de unidades.
"Amazing Spider-Man"
A revista com o encontro de Obama com o Homem-Aranha chegou às bancas no dia 14 de janeiro nos Estados Unidos, seis dias antes da posse de Obama, no dia 20.
No quadrinho, um dos mais antigos inimigos do Homem-Aranha tenta estragar a cerimônia de posse de Obama, em Washington. O herói --de quem Obama é fã declarado-- salva a cerimônia do 44º presidente americano.
De acordo com o editor-chefe da Marvel, Joe Quesada, a ideia de produzir uma revista com Obama surgiu quando a editora descobriu que o político coleciona os quadrinhos do personagem.
Após o êxito das duas primeiras partes da franquia, a realização de "Se Eu Fosse Você 3" já está acertada. Segundo a Globo Filmes, o terceiro longa deve ser realizado em 2011.
Antes disso, o diretor Daniel Filho tem três outras produções para lançar. "Tempos de Paz", com Tony Ramos e Dan Stulbach, já foi filmado. A cinebiografia do médium brasileiro Chico Xavier (1910-2002) começa a ser rodada em maio próximo. "Preciso de patrocínio", diz Filho.
E uma adaptação para o cinema da novela "Roque Santeiro", de Dias Gomes, terá filmagens provavelmente no ano que vem.
Filho dirigiu a primeira versão da novela, proibida pela censura, em 1975. Dez anos mais tarde, uma nova versão da trama pôde estrear e foi sucesso na Globo.
A Globo Filmes aplicará a "Roque Santeiro" seu modelo usual de coprodução, em que se associa a outros produtores, que captam patrocínio pelas leis de renúncia fiscal.
Em casos como "A Grande Família" (2007) e no inédito "Os Normais 2", a empresa optou por reunir o orçamento sem a utilização das leis.
"A definição é fazer filme sem incentivo fiscal cujo tema seja diretamente relacionado à grade da TV Globo --séries mais recentes ou que estão no ar. Não se aplica para uma novela que passou 20 anos atrás", diz Carlos Eduardo Rodrigues, diretor-executivo da Globo Filmes.
Em 2002, o Ministério da Cultura suspendeu temporariamente a autorização de captação de patrocínio para "Os Normais", depois que a coluna Mônica Bergamo, da Folha, informou que a produtora Missão Impossível Cinco, que inscreveu o projeto no MinC, era de um executivo da TV Globo.
"Os Normais" captou R$ 1,5 milhão pela Lei do Audiovisual, segundo dados da Ancine.
A Globo Filmes recebe a cada ano entre 80 e 100 roteiros de quem quer tê-la como coprodutora.
Menos de 10% desse total é aproveitado, depois de passar pelo crivo dos diretores-artísticos Guel Arraes e Daniel Filho e de um comitê executivo.
Estabelecida a coprodução, a empresa traça a estratégia de lançamento, na qual aproveita a estrutura das Organizações Globo, e atua na consultoria artística, opinando na escalação de elenco e na montagem do filme.
A comédia "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho, atingiu a marca de 5,324 milhões de espectadores ontem e tornou-se o filme nacional mais visto nos cinemas desde 1995, início do período chamado "retomada".
O termo designa o reaquecimento da produção, proporcionado pelas leis de incentivo à cultura via renúncia fiscal, após o colapso do modelo assentado na distribuição de verbas pela Embrafilme, extinta pelo presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992).
Além de ultrapassar os 5,319 milhões de espectadores de "2 Filhos de Francisco" (2005), de Breno Silveira, "Se Eu Fosse Você 2" registra a quinta maior renda (R$ 44,9 milhões) da história do país, considerados títulos nacionais e estrangeiros. Apenas sete filmes arrecadaram acima de R$ 40 milhões.
A renda obtida pelos filmes na bilheteria é dividida entre os exibidores, o distribuidor e os produtores, depois de descontado o pagamento de impostos.
"É a vitória contra o 'derrotismo' que paira sobre as artes brasileiras. Ser a quinta bilheteria do Brasil, atrás de 'Titanic' e dos três 'Homem-Aranha', mostra que temos fôlego e que o público brasileiro está pronto para receber o que é nosso --cinema popular bom e sem legendas", diz Daniel Filho.
O resultado de "Se Eu Fosse Você 2" expulsa "Tropa de Elite" (2007), de José Padilha, da lista dos dez filmes de maior público da retomada --ele ocupava o décimo lugar e era o único sem o selo Globo Filmes.
Assim, a liderança do longa de Daniel Filho devolve à produtora Globo Filmes, da qual ele é diretor-artístico, o domínio absoluto do ranking de êxitos da história recente do país.
A questão do incentivo
A sequência da história da troca de corpos entre o casal Helena (Glória Pires) e Cláudio (Tony Ramos) foi produzida com R$ 6 milhões, reunidos pela produtora Total Entertainement com o uso das leis Rouanet e do Audiovisual.
Como coprodutora deste e de outros quase 80 longas, a Globo Filmes é sócia de títulos beneficiados por incentivo fiscal. Nos bastidores do mercado, há quem julgue incorreto que a divisão de cinema da maior emissora de TV aberta do país beneficie-se indiretamente de mecanismos criados para impulsionar a produção "independente" dos atores hegemônicos da cadeia audiovisual.
"Quando dizem isso, eu falo: era preferível que todos comprassem a mídia que a gente coloca [na divulgação de suas coproduções], porque a Globo ia ficar muito mais feliz. A Globo Filmes iria faturar tranquilamente umas dez vezes mais do que fatura por ano", diz Carlos Eduardo Rodrigues, diretor-executivo da Globo Filmes.
Segundo Rodrigues, a Globo Filmes "se paga operacionalmente, mas é altamente deficitária, se for olhar a conta da mídia". A empresa investe por ano, de acordo com ele, em torno de R$ 25 milhões em spots publicitários na TV Globo.
Não entram nessa conta, diz ele, "outros tantos [milhões] em ações de merchandising e outras mídias", cujos valores "nem são contabilizados, para efeitos de negociação e de retorno, senão seria impossível" estabelecer os acordos de coprodução, em que a Globo Filmes é sempre sócia minoritária --possui entre 15% e 20% dos filmes--, em respeito a determinações legais.
A divisão de cinema das organizações Globo foi lançada em 1998, com um "objetivo estratégico", diz Rodrigues. "A Globo entende que, se o conteúdo nacional for dominante na TV, no cinema e em outras mídias, a gente estará fortalecendo a cultura brasileira e as produtoras brasileiras, inclusive a Globo, que é a maior delas", afirma.
É meta da Globo Filmes "apoiar o cinema a conquistar mercado dentro do Brasil", diz Rodrigues. A ocupação do filme nacional no mercado interno ronda os 10% no período da retomada, excetuando-se o ano de 2003, quando a fatia do produto brasileiro foi de 21%.
A estimativa de Rodrigues é que "Se Eu Fosse Você 2" atinja público de 5,5 milhões até ser retirado de cartaz (está em 287 salas), para dar lugar à campanha de lançamento do DVD, etapa essencial para a expansão do lucro de filmes de sucesso.
A produtora Walkiria Barbosa (Total Entertainement) lamenta que o Brasil tenha só 2.102 salas de cinema. "Se tivéssemos um parque exibidor como o do México [mais de 3.000 salas], esse filme poderia facilmente chegar aos 10 milhões de espectadores", diz.
É de 1976, quando o país possuía mais cinemas, o recordista nacional de público da história: "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976), de Bruno Barreto, com cerca de 11 milhões.
