domingo, 28 de fevereiro de 2010

Especulações cercam futuro da série de Sheen após internação


Fonte: Reuters
LOS ANGELES (Hollywood Reporter) - O futuro da série "Two and a Half Men" virou alvo de especulações em Hollywood desde que seus produtores decidiram suspender o programa, após o astro Charlie Sheen ter se internado numa clínica de reabilitação.
As atenções estão voltadas para contratos relacionados a Sheen para o programa. Dois importantes artigos -- a "cláusula moral" no contrato de Sheen com a produtora Warner Bros. TV e um termo sobre o "homem-chave" na apólice de seguros do programa -- podem determinar os próximos episódios.
Série cômica mais vista da TV dos EUA, "Two and a Half Men" é uma mina de ouro, o que estimula a CBS e a Warner TV a manterem-na no ar enquanto for possível. Mas Sheen, que pode ser processado por causa de um caso de agressão doméstica que o levou a ser detido no dia de Natal no Colorado, pode não voltar à ativa tão rapidamente quanto a rede e os produtores desejavam.
O que leva à seguinte pergunta: quem é o responsável por qualquer prejuízo financeiro decorrente da ausência dele?
A Warner e a CBS não quiseram comentar o contrato de Sheen, mas advogados ouvidos pela Reuters fizeram algumas especulações.
Segundo eles, Sheen provavelmente tem algum tipo de cláusula moral no contrato. Em geral, os empregadores podem alterar ou cancelar o contrato com um empregado que assuma um comportamento nocivo à produção.
O astro precisaria de uma prolongada ausência para ser demitido, mas as cláusulas morais costumam incluir artigos que o responsabilizariam por prejuízos decorrentes de seus atos.
Estima-se que Sheen ganhe mais de 900 mil dólares por episódio, o que o torna o ator mais bem pago da TV. Se ele tiver violado a cláusula moral, os produtores podem tentar recuperar parte do prejuízo decorrente da sua ausência.
"Se a conduta for considerada uma violação material (do contrato), a rede pode abrir um processo por quebra de contrato," disse Aaron Moss, do escritório Greenberg Glusker.
Sheen já se internou em uma clínica de reabilitação em 1990, e oito anos depois foi hospitalizado por "consumo excessivo de drogas e álcool." Na terça-feira, quando ele se internou novamente, a nota divulgada à imprensa não falava em álcool ou drogas. Isso pode ser um sinal sobre o que consta na sua cláusula moral, pois seus representantes estariam tentando evitar possíveis justificativas para tal cláusula fosse evocada.

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