Truman Capote do real ao lado de Marilyn Monroe
Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, versão cinematográfica do livro de Truman Capote
Livro que inspirou o filme Capote
Truman Capote da diegese
Crepúsculo dos Deuses
Christine Collins (Angelina Jolie) da diegese
A Christine Collins do real
Em 113 anos de história cinematográfica, nós, espectadores, fomos acostumados a ver em muitas produções a tradicional frase “filme baseado em fatos reais”. Seguindo uma lógica do naturalismo baziniano, o cinema tornou a fronteira entre ficção e documentário, real e diegese, muito próximas. Movimentos como a Nouvelle-Vague francesa; os cinemas novos brasileiro e alemão, o neo-realismo italiano e a geração New Hollywood foram importantes para a queda desse muro.
Numa espécie de descompromisso com a dualidade entre o sublime e o belo kantiano, a indústria hollywoodiana ignorou o glamour da chamada Era de Ouro, nos anos posteriores a Segunda Guerra Mundial, rompendo com a estética clássica ao incorporar para si inovações trazidas por uma nova onda de diretores.
A ficção incorporou para si o documentário e vice-versa. Pode-se afirmar como marco inaugural da ficção documental, a obra-prima de Orson Welles, Cidadão Kane. O filme aproxima a diegese de Charles Foster Kane do real do magnata da mídia William Randolph Hearst, dono na época de 28 jornais e 18 revistas. Curiosamente, ambos morreram na Cidade dos Anjos. Welles, o Hearst diegético, faleceu em Hollywood, e o Hearst real, em Beverly Hills. Ambos os locais fazem parte do universo do cinema.
Welles transformou a telona numa metáfora do real. Cidadão Kane deu início à propagação do gênero da ficção documental biográfica. Dessa forma, de maneira narcisista, o espectador barthesiano foi hipnotizado pela imagem fílmica projetada da telona exterior para os nossos olhos do subconsciente, sendo levada ao nosso projetor interior. O espectador identifica-se com o personagem, um espelho do seu interior.
O diretor faz o espectador ser guiado para aquele tempo e espaço, refletindo seus desejos e suas vontades, através do protagonista, construído a partir do real. Essa aproximação da diegese cinematográfica com o real é maior ainda se entrarmos no trabalho feito com os atores, principalmente os seguidores do Método de Constantin Stanislaviski, que ensinava para o ator esquecer-se de tudo, deixar fluir.
O que existe é técnica. Todo o resto depende da forma particular como o ator se aproxima do seu papel, do quanto "ama" o seu papel, do que faria se estivesse naquela situação do seu personagem. Nesse contexto, colocamos duas espectadoras. Christine Collins é uma telefonista, que lutou contra o próprio departamento de polícia de Los Angeles, o famigerado LAPD (Los Angeles Police Department) e a Prefeitura para reencontrar seu filho Walter Collins e desvendar o mistério do menino entregue a ela como sendo o seu. Ela viveu na Era do Jazz e da imagem-movimento deleuziana, das melindrosas e de astros como Rodolfo Valentino, Douglas Fairbanks, Gloria Swanson, Mary Pickford e Josephne Baker.
Angelina Jolie é atriz, adepta do Método de Stanislaviski, vive no tempo da imagem-tempo de rompimento com a narrativa clássica hollywoodiana. O cinema de ficção documental biográfico no filme A Troca vai transformar o real na diegese. É o momento de duas espectadoras encarnarem dentro da telona um único espírito, um espelho em que o subconsciente de uma vai refletir no subconsciente da outra.
Temos com isso o nascimento de um novo ser, de uma nova entidade, em um universo semelhante a uma foto antiga de um tempo que não existe mais, de uma Cidade dos Anjos esquecida no passado e trazida de volta pelo diretor Clint Eastwood. A câmera rouchiana, como imagem cinematográfica, traz a tona sintagmas e paradigmas de uma gramática metziana, transformando a diegese em representação do real.
Nesse contexto, o gênero ganha contornos de metáforas da vida e da morte. É o caso, por exemplo, do lírico e belo filme Em Busca da Terra do Nunca. Antes de se tornar o perturbado pirata Jack Sparrow, nós vemos o ator Johnny Depp, encarnando o dramaturgo Jamie M. Barrie, e a atriz Kate Winslet, personificando a mãe do garoto Peter, inspiração para a criação do conto infantil Peter Pan.
Somos levados para um período antes da invenção do cinematógrafo dos irmãos Lumière, dominado pelo teatro. Além de metaforizar a Terra do Nunca como o local em que nós seres humanos vamos após a morte, o filme de Marc Forster utiliza de metalinguagem como referência aos primórdios da atuação no cinema.
Nas primeiras décadas de existência da indústria cinematográfica, como não existia o método de Stanislaviski, a atuação era exagerada e não-naturalista, marcada por uma Misé-én-Scene típica dos grandes teatros, como os exibidos no filme Em Busca da Terra do Nunca. Jamie M. Barrie encarna o típico diretor e roteirista, construtor da típica imagem fílmica clássica hollywoodiana.
Em meio essa mudança para uma imagem-tempo, como elo dessa desconstrução da diegese pelo real, temos a produção do filme Crepúsculo dos Deuses. Dirigido por Billy Wilder, integrante do cinema expressionista alemão e noir, essa produção de história bizarra satiriza os pastiches e mitos da Era de Ouro de Hollywood.
O espectador encarna através da atriz Gloria Swanson, a diva do cinema mudo, Norma Desmond, sentindo na própria pele o lado cruel da imagem-movimento. A chegada do som a imagem cinematográfica, reverbera na produção de imagens fílmicas de forma macabra, perversa e aterrorizante. É um cinema em busca da verdade, do real, doa a quem doer. Rumando por esse sentimento, Hollywood clama por justiça, e seguindo a linha política iniciada na batalha contra o nazismo, produz o épico Todos os Homens do Presidente, de Alan Pakula.
O escândalo Watergate abalou os americanos, já abatidos pela derrota na Guerra do Vietnã. Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, vividos no filme, respectivamente por Robert Redford e Dustin Hoffman, partem para revelar as tramóias do presidente norte-americano Richard Nixon. Mesmo sendo exibido hoje, Todos os Homens do Presidente mexe com a emoção dos espectadores.
Desenvolvemos admiração por aqueles cavaleiros de western modernos, em busca de justiça. Somos levados para um contexto histórico, político e social, que mesmo sendo diferente, nos atrai, nos interessa a descobrir quem são os culpados. Redford e Hoffman assumem uma identidade carismática e instigante a lá Sherlock Holmes e seu assistente Watson.
Contrapondo essa busca da verdade acima de tudo, estão os interesses por trás dessa verdade. O filme de Alan Parker, A Vida de David Gale, vivido por Kevin Spacey, busca indagar e questionar o espectador pela diegese de problemas sociais do real, como as injustiças cometidas pelo Sistema Penal de Estados norte-americanos com relação à pena de morte pela cadeira elétrica.
Outro aspecto importante dos filmes “baseados em fatos reais” é personificar o mito de personalidades da cultura norte-americana. Um exemplo importante é Capote, de Bennett Miller. Philip Seymour Hoffman incorpora de forma avassaladora a personalidade e a aparência do escritor Truman Capote, autor de Bonequinha de Luxo, cuja adaptação cinematográfica contou com a diva da moda, Audrey Hepburn.
O filme retrata a pesquisa de Capote para o livro À Sangue Frio, uma obra que mudou o curso da literatura norte-americana. Hoffman leva-nos para dentro da mente do genial escritor. Mesmo nunca tendo conhecido ou lido nada sobre Capote, o diretor utiliza-se de artifícios, de pontos de fuga, de uma montagem direcionada e de planos compostos especialmente para o espectador entre na sala escura e seja hipnotizado.
A seqüência de imagens fílmicas gera uma memória afetiva no espectador. Ele afasta-se mais e mais daquela sala escura, se incorpora a luz do projetor e é guiado para dentro da diegese. O espectador assume o lugar de Capote, acompanha suas perspectivas de mundo, compartilha delas, está escrevendo o livro com ele.
Além de personificar mitos da cultura norte-americana, cultuar elementos de outras culturas influentes nessa postura mainstream de hegemonia dos Estados Unidos é importante para a propagação do gênero de ficção documental biográfica. Nesse aspecto temos o filme Piaf – Um Hino ao Amor, de Olivier Dahan, um impressionante mergulho no corpo e na alma da artista Edith Piaf, interpretada por Marion Cotillard.
O filme é uma belíssima reconstituição de época e de caracterização da cantora Edith Piaf, desde o abandono da mãe na infância, passando de forma intensa pelo seu reconhecimento internacional, as tragédias na vida pessoal, e sua morte. O diretor Olivier Dahan desconstrói a artista e induz o espectador a tratar Piaf como um membro querido da sua família ou uma grande amiga desde os tempos de infância.
O Método de Stanislaviski é extremamente importante para diminuir cada vez mais a distância entre espectador e personagem. Através desse método, podemos, através do ator, intérprete daquele personagem, assumir um lado de vilão, de maldade e de assassino. É o caso do ditador de Uganda, Idi Amim, magistralmente protagonizado por Forest Whitaker, no filme O Último Rei da Escócia, de Kevin Mac Donald.
O espectador assume o carisma de Amim e seus sonhos num país em que despeja pesadelos, traições e ataques de loucura. Passamos a nos considerar a figura mais poderosa do mundo, aonde a maldade é sublime e bela ao mesmo tempo. O último ponto trabalhado por filmes “baseados em fatos reais” é narrar como tragédias sofridas por espectadores comuns podem mudar a sociedade norte-americana em geral.
Um drama típico envolve doenças raras e a descoberta de uma nova esperança para os doentes. Como ótimo exemplo há o filme O Óleo de Lorenzo, de George Miller. Interpretando Augusto e Michaela Odone, Nick Nolte e Susan Sarandon, buscam a cura do filho Lorenzo, portador de uma doença degenerativa e terminal.
O cinema “baseado em fatos reais” tornou-se muito importante para a geração de um novo típico de público, amante de outras áreas do conhecimento como o teatro, a literatura e a música. Esse novo espectador continuará indo para salas de cinema para ficar mais próximo durante a projeção do seu ídolo favorito, saber mais sobre ele, conhecer seu eu interior e até mesmo assumir seu lugar refletido pelo espelho, elo da diegese com a metáfora do real.
Numa espécie de descompromisso com a dualidade entre o sublime e o belo kantiano, a indústria hollywoodiana ignorou o glamour da chamada Era de Ouro, nos anos posteriores a Segunda Guerra Mundial, rompendo com a estética clássica ao incorporar para si inovações trazidas por uma nova onda de diretores.
A ficção incorporou para si o documentário e vice-versa. Pode-se afirmar como marco inaugural da ficção documental, a obra-prima de Orson Welles, Cidadão Kane. O filme aproxima a diegese de Charles Foster Kane do real do magnata da mídia William Randolph Hearst, dono na época de 28 jornais e 18 revistas. Curiosamente, ambos morreram na Cidade dos Anjos. Welles, o Hearst diegético, faleceu em Hollywood, e o Hearst real, em Beverly Hills. Ambos os locais fazem parte do universo do cinema.
Welles transformou a telona numa metáfora do real. Cidadão Kane deu início à propagação do gênero da ficção documental biográfica. Dessa forma, de maneira narcisista, o espectador barthesiano foi hipnotizado pela imagem fílmica projetada da telona exterior para os nossos olhos do subconsciente, sendo levada ao nosso projetor interior. O espectador identifica-se com o personagem, um espelho do seu interior.
O diretor faz o espectador ser guiado para aquele tempo e espaço, refletindo seus desejos e suas vontades, através do protagonista, construído a partir do real. Essa aproximação da diegese cinematográfica com o real é maior ainda se entrarmos no trabalho feito com os atores, principalmente os seguidores do Método de Constantin Stanislaviski, que ensinava para o ator esquecer-se de tudo, deixar fluir.
O que existe é técnica. Todo o resto depende da forma particular como o ator se aproxima do seu papel, do quanto "ama" o seu papel, do que faria se estivesse naquela situação do seu personagem. Nesse contexto, colocamos duas espectadoras. Christine Collins é uma telefonista, que lutou contra o próprio departamento de polícia de Los Angeles, o famigerado LAPD (Los Angeles Police Department) e a Prefeitura para reencontrar seu filho Walter Collins e desvendar o mistério do menino entregue a ela como sendo o seu. Ela viveu na Era do Jazz e da imagem-movimento deleuziana, das melindrosas e de astros como Rodolfo Valentino, Douglas Fairbanks, Gloria Swanson, Mary Pickford e Josephne Baker.
Angelina Jolie é atriz, adepta do Método de Stanislaviski, vive no tempo da imagem-tempo de rompimento com a narrativa clássica hollywoodiana. O cinema de ficção documental biográfico no filme A Troca vai transformar o real na diegese. É o momento de duas espectadoras encarnarem dentro da telona um único espírito, um espelho em que o subconsciente de uma vai refletir no subconsciente da outra.
Temos com isso o nascimento de um novo ser, de uma nova entidade, em um universo semelhante a uma foto antiga de um tempo que não existe mais, de uma Cidade dos Anjos esquecida no passado e trazida de volta pelo diretor Clint Eastwood. A câmera rouchiana, como imagem cinematográfica, traz a tona sintagmas e paradigmas de uma gramática metziana, transformando a diegese em representação do real.
Nesse contexto, o gênero ganha contornos de metáforas da vida e da morte. É o caso, por exemplo, do lírico e belo filme Em Busca da Terra do Nunca. Antes de se tornar o perturbado pirata Jack Sparrow, nós vemos o ator Johnny Depp, encarnando o dramaturgo Jamie M. Barrie, e a atriz Kate Winslet, personificando a mãe do garoto Peter, inspiração para a criação do conto infantil Peter Pan.
Somos levados para um período antes da invenção do cinematógrafo dos irmãos Lumière, dominado pelo teatro. Além de metaforizar a Terra do Nunca como o local em que nós seres humanos vamos após a morte, o filme de Marc Forster utiliza de metalinguagem como referência aos primórdios da atuação no cinema.
Nas primeiras décadas de existência da indústria cinematográfica, como não existia o método de Stanislaviski, a atuação era exagerada e não-naturalista, marcada por uma Misé-én-Scene típica dos grandes teatros, como os exibidos no filme Em Busca da Terra do Nunca. Jamie M. Barrie encarna o típico diretor e roteirista, construtor da típica imagem fílmica clássica hollywoodiana.
Em meio essa mudança para uma imagem-tempo, como elo dessa desconstrução da diegese pelo real, temos a produção do filme Crepúsculo dos Deuses. Dirigido por Billy Wilder, integrante do cinema expressionista alemão e noir, essa produção de história bizarra satiriza os pastiches e mitos da Era de Ouro de Hollywood.
O espectador encarna através da atriz Gloria Swanson, a diva do cinema mudo, Norma Desmond, sentindo na própria pele o lado cruel da imagem-movimento. A chegada do som a imagem cinematográfica, reverbera na produção de imagens fílmicas de forma macabra, perversa e aterrorizante. É um cinema em busca da verdade, do real, doa a quem doer. Rumando por esse sentimento, Hollywood clama por justiça, e seguindo a linha política iniciada na batalha contra o nazismo, produz o épico Todos os Homens do Presidente, de Alan Pakula.
O escândalo Watergate abalou os americanos, já abatidos pela derrota na Guerra do Vietnã. Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, vividos no filme, respectivamente por Robert Redford e Dustin Hoffman, partem para revelar as tramóias do presidente norte-americano Richard Nixon. Mesmo sendo exibido hoje, Todos os Homens do Presidente mexe com a emoção dos espectadores.
Desenvolvemos admiração por aqueles cavaleiros de western modernos, em busca de justiça. Somos levados para um contexto histórico, político e social, que mesmo sendo diferente, nos atrai, nos interessa a descobrir quem são os culpados. Redford e Hoffman assumem uma identidade carismática e instigante a lá Sherlock Holmes e seu assistente Watson.
Contrapondo essa busca da verdade acima de tudo, estão os interesses por trás dessa verdade. O filme de Alan Parker, A Vida de David Gale, vivido por Kevin Spacey, busca indagar e questionar o espectador pela diegese de problemas sociais do real, como as injustiças cometidas pelo Sistema Penal de Estados norte-americanos com relação à pena de morte pela cadeira elétrica.
Outro aspecto importante dos filmes “baseados em fatos reais” é personificar o mito de personalidades da cultura norte-americana. Um exemplo importante é Capote, de Bennett Miller. Philip Seymour Hoffman incorpora de forma avassaladora a personalidade e a aparência do escritor Truman Capote, autor de Bonequinha de Luxo, cuja adaptação cinematográfica contou com a diva da moda, Audrey Hepburn.
O filme retrata a pesquisa de Capote para o livro À Sangue Frio, uma obra que mudou o curso da literatura norte-americana. Hoffman leva-nos para dentro da mente do genial escritor. Mesmo nunca tendo conhecido ou lido nada sobre Capote, o diretor utiliza-se de artifícios, de pontos de fuga, de uma montagem direcionada e de planos compostos especialmente para o espectador entre na sala escura e seja hipnotizado.
A seqüência de imagens fílmicas gera uma memória afetiva no espectador. Ele afasta-se mais e mais daquela sala escura, se incorpora a luz do projetor e é guiado para dentro da diegese. O espectador assume o lugar de Capote, acompanha suas perspectivas de mundo, compartilha delas, está escrevendo o livro com ele.
Além de personificar mitos da cultura norte-americana, cultuar elementos de outras culturas influentes nessa postura mainstream de hegemonia dos Estados Unidos é importante para a propagação do gênero de ficção documental biográfica. Nesse aspecto temos o filme Piaf – Um Hino ao Amor, de Olivier Dahan, um impressionante mergulho no corpo e na alma da artista Edith Piaf, interpretada por Marion Cotillard.
O filme é uma belíssima reconstituição de época e de caracterização da cantora Edith Piaf, desde o abandono da mãe na infância, passando de forma intensa pelo seu reconhecimento internacional, as tragédias na vida pessoal, e sua morte. O diretor Olivier Dahan desconstrói a artista e induz o espectador a tratar Piaf como um membro querido da sua família ou uma grande amiga desde os tempos de infância.
O Método de Stanislaviski é extremamente importante para diminuir cada vez mais a distância entre espectador e personagem. Através desse método, podemos, através do ator, intérprete daquele personagem, assumir um lado de vilão, de maldade e de assassino. É o caso do ditador de Uganda, Idi Amim, magistralmente protagonizado por Forest Whitaker, no filme O Último Rei da Escócia, de Kevin Mac Donald.
O espectador assume o carisma de Amim e seus sonhos num país em que despeja pesadelos, traições e ataques de loucura. Passamos a nos considerar a figura mais poderosa do mundo, aonde a maldade é sublime e bela ao mesmo tempo. O último ponto trabalhado por filmes “baseados em fatos reais” é narrar como tragédias sofridas por espectadores comuns podem mudar a sociedade norte-americana em geral.
Um drama típico envolve doenças raras e a descoberta de uma nova esperança para os doentes. Como ótimo exemplo há o filme O Óleo de Lorenzo, de George Miller. Interpretando Augusto e Michaela Odone, Nick Nolte e Susan Sarandon, buscam a cura do filho Lorenzo, portador de uma doença degenerativa e terminal.
O cinema “baseado em fatos reais” tornou-se muito importante para a geração de um novo típico de público, amante de outras áreas do conhecimento como o teatro, a literatura e a música. Esse novo espectador continuará indo para salas de cinema para ficar mais próximo durante a projeção do seu ídolo favorito, saber mais sobre ele, conhecer seu eu interior e até mesmo assumir seu lugar refletido pelo espelho, elo da diegese com a metáfora do real.
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