TÓQUIO, JAPÃO - Vencedor de três Cannes por Otouto (Menção Honrosa), Kagi (Prêmio do Júri) e Tokyo Olympiad (Prêmio dos Críticos de Cinema, documentário sobre as Olimpíadas de Tóquio de 1964), o diretor de cinema Kon Ichikawa faleceu na madrugada desta quarta-feira aos 92 anos de pneumonia num hospital de Tóquio. Casado com a roteirista Natto Wada, Ishikawa tornou-se respeitado mundialmente por seus filmes, documentários e adaptações de mangás clássicos como a Phoenix de Osamu Tezuka e Galaxy Express 999 de Leiji Matsumoto. Sua esposa faleceu em 1983 de câncer. Juntos fizeram filmes geniais como "Design de um Ser Humano" e "Paixão Infinita", de 1949.
Nascido em 20 de novembro de 1915 na cidade de Iseshi, localizada na província de Mie, Kon Ishikawa foi batizado com o nome de Giichi Ichikawa, e desde a infância, sempre procurou tornar-se um pintor. Isso mudou quando assistiu um dos primeiros filmes sobre samurais já feitos, Mansaku Itami, de Kokushi Muso, em 1932. A paixão pelo cinema foi imediata e entrou para o time do Estúdio Toho, em Kyoto como produtor, roteirista, animador e diretor cinematográfico. Seu primeiro filme só seria produzido em 1945. Foi Musume Dojoji, uma animação com marionetes.
Depois dessa produção, Ishikawa preferiu se dedicar a filmes com atores reais, passando desde a comédia até o drama e documentários. Recebeu duas indicações ao Oscar por "Fogo na Planície", baseado na obra clássica de Shohei Oka, e "A Harpa da Birmânia", de 1956, inspirado num romance em que um soldado japonês tenta convencer um grupo de colegas a se renderem aos "Aliados (Grupo de países liderado pela antiga União Soviética, Estados Unidos e Inglaterra" após o final da Segunda Guerra Mundial. Seu último filme foi "A Família Inugami", em 2006 e deixou uma longa e vasta produção de 34 filmes. Apesar de deixar essa vida, Kon Ichikawa estará sempre presente na sua marca e contribuição deixada para a indústria de cinema.
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