Fonte: http://cinema.terra.com.br/interna/0,,OI4309852-EI1176,00.html
Embora Avatar tenha perdido a briga para o bom e velho cinema padrão no Oscar, uma tendência se consolidou com a superprodução em 3D de James Cameron. O público mediano já não gosta da doce experiência de curtir uma boa história no cinema. Ele quer profundidade. E o 3D estereoscópico, que coloca as imagens quase na cara do espectador, é, no momento, o maior representante desta nova vontade coletiva que se criou dentro e fora dos Estados Unidos.
Alice no País das Maravilhas, produção da Disney dirigida por Tim Burton, está aí para provar essa tese. Em cartaz em mais de 2 mil salas, o filme conseguiu arrecadar US$ 116 milhões pelo mundo, recorde para o mês de março, que não costuma atrair grandes plateias ao cinema, graças às temperaturas amenas, um alívio ao desconforto do inverno rigoroso.
Mas a briga de gigantes é mais catastrófica do que se imagina. Com tanta demanda pelo 3D, as salas de cinema terão que se adaptar, o quanto antes, ao formato. Para isso, milhões devem ser investidos, especialmente nos países da Europa e América Latina, em que mais de 80% das salas não suportam projeções desse porte. Avatar não só tirou as salas com tecnologia IMAX da crise, como foi o responsável direto pela construção de novos locais de exibição em todo o mundo.
Para Alice conseguir esse grande número de espectadores, a Disney foi obrigada a fechar um contrato com os cinemas com salas em 3D. Reduzir o espaço de Avatar, que há 11 semanas liderava com folga a preferência das plateias, e "obrigar" o seu espectador a assistir Alice.
Essa briga vai se agravar em abril, quando estreia Fúria de Titãs e logo na emenda chegam Homem de Ferro 2, que terá exibição em 3D em algumas salas, e Toy Story 3. No final do ano, Harry Potter promete dominar o circuito. Em 2011, mais de 25 produções com a tecnologia.
O problema é a falta de espaço. Tal competição deve resultar numa briga desnecessária entre os estúdios. Resultado: menos lucro por falta de estrutura e menos opções por parte do espectador.
Quem quiser conferir uma produção 3D, terá que se contentar, por muito tempo, com um único filme, aquele cujo o estúdio pagará mais aos exibidores para ficar o maior tempo possível em cartaz. Por enquanto, de democrático, o 3D não tem nada.
Com informações do New York Times
Embora Avatar tenha perdido a briga para o bom e velho cinema padrão no Oscar, uma tendência se consolidou com a superprodução em 3D de James Cameron. O público mediano já não gosta da doce experiência de curtir uma boa história no cinema. Ele quer profundidade. E o 3D estereoscópico, que coloca as imagens quase na cara do espectador, é, no momento, o maior representante desta nova vontade coletiva que se criou dentro e fora dos Estados Unidos.
Alice no País das Maravilhas, produção da Disney dirigida por Tim Burton, está aí para provar essa tese. Em cartaz em mais de 2 mil salas, o filme conseguiu arrecadar US$ 116 milhões pelo mundo, recorde para o mês de março, que não costuma atrair grandes plateias ao cinema, graças às temperaturas amenas, um alívio ao desconforto do inverno rigoroso.
Mas a briga de gigantes é mais catastrófica do que se imagina. Com tanta demanda pelo 3D, as salas de cinema terão que se adaptar, o quanto antes, ao formato. Para isso, milhões devem ser investidos, especialmente nos países da Europa e América Latina, em que mais de 80% das salas não suportam projeções desse porte. Avatar não só tirou as salas com tecnologia IMAX da crise, como foi o responsável direto pela construção de novos locais de exibição em todo o mundo.
Para Alice conseguir esse grande número de espectadores, a Disney foi obrigada a fechar um contrato com os cinemas com salas em 3D. Reduzir o espaço de Avatar, que há 11 semanas liderava com folga a preferência das plateias, e "obrigar" o seu espectador a assistir Alice.
Essa briga vai se agravar em abril, quando estreia Fúria de Titãs e logo na emenda chegam Homem de Ferro 2, que terá exibição em 3D em algumas salas, e Toy Story 3. No final do ano, Harry Potter promete dominar o circuito. Em 2011, mais de 25 produções com a tecnologia.
O problema é a falta de espaço. Tal competição deve resultar numa briga desnecessária entre os estúdios. Resultado: menos lucro por falta de estrutura e menos opções por parte do espectador.
Quem quiser conferir uma produção 3D, terá que se contentar, por muito tempo, com um único filme, aquele cujo o estúdio pagará mais aos exibidores para ficar o maior tempo possível em cartaz. Por enquanto, de democrático, o 3D não tem nada.
Com informações do New York Times
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