segunda-feira, 2 de julho de 2007

A Estética Visual dos Animes

Texto por Tiago Bacelar (autor deste blog)
Atualmente, em pleno século XXI, em Televisão, é difícil não falar das superproduções japonesas na área de animação, chamadas por aí de animes. Recheados de elementos da própria cultura milenar nipônica, os animes ganharam ares de arte. Na obra Televisão levada a sério, Arlindo Machado coloca os desenhos japoneses como um dos representantes máximos da TV de qualidade. Num desenho animado, os desejos mais profundos da imaginação humana podem se tornar realidade.
Não há um limite, como ocorre nas produções com atores reais. As criações de Walt Disney como o Mickey, o Pato Donald e o Tio Patinhas trouxeram grandes revoluções para essa área. Em vários países do mundo, o desenho animado tem a sua própria história. No Japão, a estética visual da cultura japonesa, presente nos mangás, no ukiyo-ê e no teatro de Kabuki, influenciou de maneira decisiva a evolução do anime como fenômeno televisivo mundial. Dessa forma, os japoneses acabaram criando o maior pólo de animação de planeta, famoso por produções cheias de olhos grandes, que geram um mercado que cresce a cada ano. Anualmente são produzidas mais de 200 séries, sendo a maioria delas voltadas para televisão.
Muitas delas acabaram se tornando populares em vários países como Dragon Ball, Candy-Candy, Devilman, Astro Boy, Mazinger Z, Gundam e Sailor Moon. Para realizar essa tarefa de criar esses sucessos, existem, de acordo com o Ministério da Economia, Indústria e Comércio do Japão, mais de 400 companhias, voltadas para a animação, produção, fotografia, finalização e divulgação. Desses estúdios, cerca de 60% estão alojados na cidade de Tóquio. É um gigantesco mercado, que supera até mesmo o mercado norte-americano e francês, sendo responsável por quase 60% de todas as animações exibidas anualmente na TV e nos cinemas do mundo inteiro.
Em 2004, os Estados Unidos reuniu em pouco mais de 20 eventos pelo país quase 100 mil otakus, sendo a maioria deles na Anime Expo e Otakon. De acordo com o estudo feito pela Organização de Comércio Exterior do Japão, Jetro, as vendas de animes nos Estados Unidos, em 2002, incluindo produtos relacionados aos personagens dessas séries, passaram os 520 bilhões de yens, aproximadamente 4,7 bilhões de dólares. Na China, metade dos personagens mais populares são de japoneses. Pokémon já foi exibido em mais 70 países e Crayon Shin-chan em 50. Hoje, apesar da língua, religião e diferenças culturais, o anime tem o poder para influenciar e em até muitos casos manipular pessoas, através de séries de cunho político-cultural.
O mercado de animes no Japão, incluindo filmes, séries para TV, músicas, licensiamento de personagens e DVDs, chegou recentemente a marca de três trilhões de yens, aproximadamente 27 bilhões de dólares. Levando-se para o lado global, o Centro de pesquisas japonês Satanford, estima que, em 2004, os animes renderam aos japoneses a impressionante cifra de 10 trilhões de yens, quase 100 bilhões de dólares.
O crescimento dessas produções fica evidente ao notarmos que os animes ocupam 40% do mercado norte-americano e 80% do italiano. Dessa forma, os desenhos japoneses conseguiram romper barreiras culturais e quebrar com o domínio das produções do “mainstream” da Europa e dos Estados Unidos. Esse mercado lucrativo, principalmente entre jovens e adultos, atraiu o interesse da indústria estrangeira, assim como das três grandes editoras – Kodansha, Shogakukan e Shueisha – que viram a oportunidade de investir num produto em constante crescimento.
Todo esse processo de consolidação do anime na TV começou no Japão, em 1915. Nessa época, surgiram algumas pessoas dispostas a criar uma nova maneira de contar as tradições japonesas desde os tempos mais longínquos. O primeiro passo da animação japonesa foi feito sob o olhar para as produções européias de Emile Reynauld. Seu estilo de arte impressionou Kagee, Nozokie, Soumatou e Utsushie, inspirando-os a produzirem algo que colocasse vida naquelas gravuras postas sobre o papel.
Dessa forma, foi lançado o Dekobousiingachou, que compilava os trabalhos de J.R.Bray e Raul Barre. Entretanto, o primeiro cartunista japonês a ser realmente considerado como o criador do primeiro anime foi Outen Shimokawa. Em 1917, ele criou Imokawa Mukuzou Genkanban no Maki. A técnica utilizada por Shimokawa era muito precária e consistia num aparelho feito de madeira, que passava várias imagens em seqüência, objetivando formar uma animação. Essas produções tinham no máximo três minutos de duração, o que era uma vitória diante dos recursos utilizados.
A primeira geração de animadores buscou trazer de volta o passado nipônico, como uma forma de se inspirar no futuro. Nessa época, muitos estilos diferentes foram experimentados, como a animação com papel silhueta. Hoje em dia, esse tipo de arte ainda pode ser visto, em muitas áreas, que evolve um processo de animação. Durante os anos 20, existiam cerca de 30 pequenos animadores trabalhando fora de suas casas.
Eles costumavam vender suas obras para companhias de teatro e de cinema mudo, em troca de dinheiro para a produção do próximo trabalho. Essa forma artística poderia ter um pequeno ou um longo alcance, dependendo da importância da obra. Os animadores japoneses conseguiram manter nas suas produções, uma atmosfera caseira e única, onde as criações dos Estados Unidos nunca poderiam servir de inspiração por serem de uma cultura totalmente diferente. Em 1921, Kitayama criou o Kitayama Eiga Seisakujo, considerado o primeiro estúdio de animação do Japão. Três anos depois, Kouuchi lançou o anime político Ninki no Shouten ni Tateru Goto Shinpei no intuito de promover a campanha de Shinpei Goto para prefeito de Tóquio.
A iniciativa deu certa e o candidato de Kouuchi foi eleito. Durante os anos 30, as histórias mudaram radicalmente para um lado sombrio e nebuloso. Era a vez das animações de guerra. Da mesma forma, como aconteceu com os mangás, o desejo do Japão de crescer militarmente, acabou refletindo nos animes produzidos. Muitos acabaram se tornando meios de propaganda em favor da guerra.
No Ocidente, desenhos, como Mickey e Pato Donald, incentivaram a população a salvar e dar suporte aos soldados, os quais estavam no fronte de batalha. Os japoneses seguiram a atmosfera da Disney. O cãozinho soldado, Norakuro, foi um dos símbolos dessa fase da animação japonesa. Com a ocupação do Japão, pelas tropas aliadas, no final da segunda guerra mundial, até a preparação da constituição nacional, os estúdios locais começaram a competir com as produções norte-americanas.
Como o país estava destroçado e sem forças para se levantar, essa disputa com os Estados Unidos, acabou sendo desleal e forçada, pois os produtores nipônicos não tinham condições de fazerem grandes investimentos nessa área. Esse confronto de forças durou até 1955, quando os animadores locais encontraram um ponto de fusão entre as produções americanas e a criatividade individual do espírito nipônico de criar um anime. Partindo desse ponto, assim como aconteceu nos mangás, o ressurgimento do anime partiu em grande parte, graças à visão de Osamu Tezuka.
A idéia de criar séries para TV no Japão foi um processo longo, que a princípio gerou uma negativa de fugir das animações para cinema. No final dessa história, estúdios como a Toei Animation se viram obrigados a produzir animes para a TV. Em 1949, a Toei foi fundada, inicialmente, com o nome de Tokyo Eiga Haikyuu. Nessa época, além de produzir, seu principal objetivo era distribuir filmes pelo país.
Dois anos mais tarde, depois de unir forças com outros dois estúdios, a empresa ficou conhecida como Toei Kabushiki Gaisha, nome que se consagrou durante mais de cinqüenta anos de história fazendo animações, filmes e seriados de super-heróis. Em 1956, a Toei se fundiu com a Japan Animation. O resultado disso foi nascimento da divisão Toei Douga, a qual viria, mais tarde, a se chamar Toei Animation.
Em 22 de outubro de 1958, a Toei produziu Hakuja-den. Ele foi o primeiro longa-metragem em anime do estúdio e o primeiro em cores lançado no Japão. Para comandar esse projeto, a Toei contratou Tezuka. Um ano depois, a Toei Animation desponta como um grande estúdio, e, Osamu Tezuka torna-se o Doutor Tezuka ao concluir o seu doutorado em anatomia humana. Em 1962, o contrato de Tezuka com a Toei expira. No mesmo ano, ele constrói sua companhia, a Mushi Produções, e, passa a fazer os seus próprios animes. Apesar de estar apenas começando nessa área de animação, Tezuka viu a rápida expansão tecnológica da televisão como seu futuro. Ele previu que o melhor caminho de se chegar ao grande público era através da caixinha em preto e branco, que a essa altura já estava presente em todos os lares.
Tezuka decidiu que o seu primeiro anime para TV seria baseado em um dos seus mangás mais famosos, Tetsuwan Atomu. No mesmo ano, estréia o primeiro anime voltado para tevê, Manga Calendar. A produção foi feita pelo desconhecido e pequeno estúdio Otogi Produções. Essa empresa tinha sido criada, em 1955, por Ryuichi Yokoyama. O anime para a TV foi uma partida para um processo de normatização, e, como conseqüência, mudou a forma de produzir animes, seguindo a direção de Tezuka.
A determinação dele trouxe também um novo conceito para, até então, jovem indústria de televisão japonesa. A animação tornou-se fluída o bastante para os espectadores, com o uso de seqüências rápidas e métodos de direção, reservados anteriormente só para os filmes com atores reais. Elas passaram a priorizar o uso de closes sobre os personagens, visando causar um impacto dramático sobre os japoneses. Esse movimento gerou o nascimento de uma nova era de produção, onde os estúdios nipônicos deveriam criar projetos voltados diretamente para televisão.
O primeiro resultado dessa fórmula de sucesso foi o aumento do número de estúdios de animação e de produtores, os quais estavam interessados em crescer até o ponto de atingir o espírito de pioneirismo trazido por Tezuka. Em 1963, ocorre finalmente a estréia de Tetsuwan Atomu. A série foi produzida pela Mushi e teve 193 episódios exibidos semanalmente. No mesmo ano, mostrando força, os estúdios lançam mais cinco animes. Foram eles: Ginga Shounen Tai, da Mushi; Ookami Shounen Ken, da Toei Animation; Eitoman, Tetsujin 28 Go e Sennin Buraku, ambos da Eiken.
No final dos anos 60, a Mushi Produções tinha se tornado num dos grandes berços para o nascimento de novos animes, principalmente das obras de Tezuka. Como prova disso, a Mushi lança, em 1965 o primeiro anime voltado para televisão em cores, Kimba, o Leão Branco, exibido no Brasil pela TV Cultura. Em 1980, sem poder concorrer com os grandes estúdios, a Mushi acabou falindo. Apesar disso, Tezuka não se deixou abater e dois anos depois, se reergueu, criando a Tezuka Produções que existe até hoje. Em nove de fevereiro de 1989, o criador do mangá moderno e dos animes para televisão, Osamu Tezuka acaba falecendo aos 62 anos. Sua morte chocou os japoneses. O imperador decretou cinco dias de luto oficial. O país inteiro foi às ruas mostrar sua solidariedade ao deus dos mangás. A pesquisadora brasileira Sônia Luyten foi à única ocidental presente no seu funeral. No ocidente, muitos devem achar estranho, tamanha comoção por um desenhista. O motivo disso é que Tezuka, através dos seus mangás e animes, ajudou a divulgar ainda mais a cultura japonesa. Tezuka conseguiu fazer com que o povo se identificasse com os personagens das suas histórias.
Dessa forma, ele tinha uma ligação tremenda com o seu público. A morte de Tezuka causou enormes repercussões na mídia internacional, a qual o colocava como o Walt Disney oriental, devido a sua tamanha importância na área de quadrinhos e animação. A Tezuka Produções, depois de sua morte, criou um museu, na cidade de Osaka, em sua homenagem, e, as suas obras, que foram eternizadas.
Lá, podem-se encontrar ilustrações, informações sobre suas obras, trechos de seus animes, sua história, sua importância e muitos dados sobre o Tezuka fora dos mangás e dos animes. Em 1999, o governo japonês concedeu ao personagem mais famoso de Tezuka, Tetsuwan Atomu, o título de cidadão japonês. No certificado, o endereço que consta é o da Tezuka Produções.
O estúdio vem divulgando pelo mundo os seus trabalhos, dando a oportunidade para os mais jovens de assistir ou ler as obras do mestre do anime e mangá, Osamu Tezuka. Sua mente aberta e revolucionária fez com que a produção de animes, principalmente para televisão, evoluísse em técnica e formato de exibição.
Toda a essência foi criada por ele: robôs com espírito humano, personagens com traços e características bem fieis a realidade. O anime só conseguiu chegar ao que é graças aos primeiros passos dados por Tezuka no Japão, sendo, assim, garantida a sua imortalidade na cabeça dos mangakas (desenhistas de mangás), dos estúdios, dos leitores e dos telespectadores. Dentre as principais influências de Tezuka estão Walt Disney e o expressionismo alemão de Fritz Lang, o famoso diretor do filme Metropolis, que teve sua essência levada aos mangás e animes, vista nesse gênero até hoje.
Depois de Tezuka muitos estúdios de animação se destacaram na produção de animes para a TV como a Gainax, que teve seu início em 1980, na Universidade de Osaka, com o encontro dos desconhecidos estudantes japoneses Hideaki Anno, Toshio Okada e Hiroyuki Yamaga.
As primeiras criações deles foram curtas-metragens, onde eles mesmos usavam as roupas dos protagonistas e vilões. Os integrantes da Gainax eram fãs das séries clássicas. Por isso, se inspiraram nelas, e tentaram levar o anime à frente como forma de expressão. Em 1981, ocorreu a primeira exibição pública de uma produção dos três estudantes. O local foi na Daicon, a qual era um evento de ficção científica, e, a décima nona edição da convenção Japão SF. Para a abertura do mesmo, Eles decidiram realizar, sem a participação de nenhum estúdio profissional, um curta-metragem de animação.
Demoraram meses para fazê-lo. Apesar disso, o anime só durava cinco minutos. Com o sucesso, Anno, Yamaga e Okada decidiram criar duas empresas: a General Products e a Daicon Filmes. A primeira era uma loja especializada em produtos de ficção científica e a segunda era um estúdio para produção de filmes e séries de TV. A General Products continuou patrocinando vários eventos, até que em 1983, o Japão SF voltou para Osaka. Foi à vigésima segunda edição, o Daicon IV, e desta vez produziram um novo curta de cinco minutos para a mesma. Ele foi aclamado por ter uma qualidade quase profissional, na edição de outubro da revista japonesa Animage.
Dessa forma, a Daicon Filmes fez vários curtas-metragens em oito milímetros, e, quase todos tinham uma duração de 10 minutos. Em dezembro de 1984, surgiu a Gainax, que logo de cara preferiu apostar no cinema com a produção Asas de Honneamise. Seis anos depois, veio o primeiro anime para TV. Baseados no romance 20 mil léguas submarinas, de Júlio Verne, estreavam, em 1990, na NHK, os 39 episódios de Nadia e os Segredos da Água Azul. Com uma grande parte da produção foi feita no estúdio T5, a Gainax não lucrou muito com Nadia, pois os direitos autorais foram divididos. A reviravolta só aconteceria, em 1995, com a produção de Evangelion.
A trama começa no ano 2000, onde a humanidade tenta se recuperar de uma grande catástrofe ocorrida na Antártida. Isso ocasionou uma série de cataclismas que assolam o mundo, ficando conhecida como o Segundo Impacto. Logo após este acontecimento, a humanidade se preparou para se defender de entidades conhecidas como Anjos, que iriam destruir a Terra. A cidade de Tóquio ressurge como Tóquio-III
Um grupo militar e científico consegue, com muita dificuldade, capturar um desses seres para realizar análises, batizando-o de Adão. A partir dele foi criada uma nova entidade, chamada de Eva. Os Evas seriam os últimos recursos de defesa da humanidade contra os Anjos. Para que essa nova tecnologia biológica fosse explorada, foi criado o Grupo Nerv, cuja principal base está localizada abaixo de Tóquio-III.
Todos os ataques dos Anjos são contra essa base, pois dentro dela se encontra os restos de Adão. As únicas pessoas capazes de pilotar os Evas são 20 crianças, as quais nasceram com seu código genético já alterado para que sejam compatíveis aos dos Evas. Dentre elas estão Asuka, Rei e Shinji. Antes de virar anime, Evangelion foi publicado pela revista Shonen Esu. Com a produção da série, as vendas do mangá triplicaram para 300 mil edições por mês. Enquanto isso, a edição encadernada chegou a incrível marca de três milhões e meio de exemplares.
Esse anime rendeu 26 episódios e dois milhões e meio de fitas de vídeo VHS e LDs vendidos. Em 2003, Evangelion foi remasterizado, ganhou novas cores e foi lançado com grande sucesso em DVD no Japão. Yamaga e Anno mudaram o rumo da indústria de animes com a Gainax, trazendo uma fase de criatividade e ousadia na produção de séries para TV que dura até hoje.
A quantidade séries de TV de animes foi aumentando através dos anos, em 1965 foram produzidos 14. Em 1970, 18 animes. Em 1975, 21 animes. Em 1980, 42 animes. Em 1985, esse número cai para 21. Em 1990, sobe para 40 animes. Em 1995, 41 animes. Em 2000, esse número pula para 53 animes. Em 2002, foram produzidos 81 animes. Em 2003, foram 105 animes, isso tudo sem contar com os filmes e os especiais para vídeo lançados todos os anos. Hoje, a informação tecnológica (IT) representa uma valiosa ferramenta para a indústria de animação no Japão.
Um exemplo disso é o Centro de Tecnologia da Universidade de Tóquio (TUT), onde dezenas de computadores organizam as pesquisas e as instruções de como se utilizar de forma eficaz desses equipamentos ultras modernos na produção de animes pelos estúdios japoneses. A maioria do tempo destinado para a criação de animes é no desenho de cada segundo manualmente. Mas, quando se coloca o perfil daquele personagem no computador, você pode alterar a expressão e a postura dele em cada cena, usando poucos comandos no teclado.
Tudo isso reflete nos custos, que são reduzidos drasticamente. Dessa forma, para se fazer um anime para TV com episódios semanais, um estúdio necessita de quase 400 pessoas para tal. Quando a produção dessa série é automatizada com o uso de computadores, esse número cai para 40 ou 70. A tecnologia causa também um grande impacto na distribuição dos lucros entre as companhias envolvidas na promoção e exibição desses animes em estações de TV, salas de exibição e agências de publicidade.
Com tantas pessoas envolvidas, só uma pequena parte desse lucro acaba indo realmente para o estúdio que a produziu. Quando um anime é distribuído pela internet, produtores e telespectadores tornam-se diretamente conectados e mais dinheiro pode ser pago para a equipe de produção. A internet está também ajudando a disseminar os desenhos japoneses pelo mundo. Quando uma série é lançada no Japão, imediatamente ela fica disponível para milhares de pessoas em diversos países, transcendendo a cultura, os costumes e a religião. Isso mostra o quanto o mercado de anime está crescendo, sendo também o que mais evoluí no mundo. Alguns seriados permanecem no ar, durante anos, o que os tornam verdadeiros fenômenos. Depois 25 anos no ar e cerca de dois mil episódios produzidos para a televisão, Doraemon continua brilhando nas telinhas japonesas. Sucesso maior impossível.

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