Por Tiago Bacelar
No próximo ano, completa-se de uma longa história de união entre o Brasil e o Japão, iniciada em 1908, com a chegada ao porto de Santos do navio nipônico Kasato Maru. Essa embarcação trouxe ao Brasil os primeiros imigrantes japoneses. Hoje, existe uma população de 1,5 milhões de nikkeis no Brasil, que formam a terceira maior comunidade de imigrantes no mundo.
Em todo esse processo de imigração, vários elementos da cultura japonesa foram inseridos dentro da cultura brasileira e repassados aos brasileiros pelos descendentes desse primeiro grupo responsável por uma parte da formação da nossa sociedade. A cultura pop moderna japonesa nasceu após a Segunda Guerra, graças aos mangás impressos em papel jornal, a baixo custo, sendo a única forma de entretenimento barato na época. Por sua estética visual cinematográfica impactante e enorme variedade de gêneros, os mangás acabaram criando toda uma cadeia mercadológica ligada também à música (o J-pop), a televisão (o animê), ao cinema, a dublagem, a publicidade e toda uma indústria de produtos relacionados aos personagens e histórias criadas.
No Brasil, os quadrinhos começaram a ganhar características orientais a partir da década de 60 com o lançamento do gênero mangá brasileiro pela Editora Edrel. Em 1965, Minami Keizi funda a editora Edrel. Sua primeira ação foi contratar os niseis Cláudio Seto, Fernando Ikoma e Paulo Fukue, no intuito de trazer novidades para os leitores brasileiros. A editora lançou várias revistas com histórias de samurais e outras com personagens inspirados em várias obras de Osamu Tezuka, como Astro Boy, a Princesa e o Cavaleiro e Kimba.
O crescimento do número de títulos resultou no aumento do interesse dos leitores brasileiros pelos mangás. Hoje, com o lançamento dos mangás pelas Editora JBC, Panini e Conrad, esse produto passou a fazer parte da própria cultura brasileira. Os mangás supriram uma ausência no mercado brasileiro de quadrinhos temáticos direcionados para jovens e adultos, fazendo com que novos leitores fossem formados, através da leitura de mangás. Os próprios quadrinhos de Mauricio de Sousa, voltados para o público infantil, foram muito influenciados pela estética do mangá de Osamu Tezuka, seu grande amigo.
As meninas brasileiras, sempre esquecidas pelo mercado, estão tendo hoje a oportunidade de terem suas heroínas e lerem histórias carregadas de romantismo. O mangá tornou-se muito mais que um elemento da cultura japonesa para ser um gênero e um estilo visual eficiente que influencia diversas áreas. É um mercado que arrecada mundialmente, incluindo o Brasil, 100 bilhões de dólares por ano. Desde os anos 90, o mundo inteiro se surpreende com a “invasão” dos mangás e animês com um grande pacote mercadológico impossível de passar despercebido. No caso do Brasil, o país ocupa uma situação ímpar neste contexto, em função dos nikkeis, que trouxeram em sua bagagem cultural o hábito de leitura dos mangás.
As experiências de desenho e de linguagem desenvolvidas através dos fanzines foram depuradas e se encaminhando para as publicações comerciais. De um lado há desenhistas e aficionados que insistem na linguagem original dos mangás e outros, ao contrário, os vêem como um estilo onde seu conteúdo pode conter roteiros brasileiros. Da mesma forma que os japoneses assimilaram a técnica ocidental no final do século XIX, o estilo mangá está sendo absorvido e adaptado para conteúdos ocidentais (e brasileiros no caso) tornando-se uma nova forma de expressão da arte seqüencial. A produção progressiva, tanto de fanzines como de obras traduzidas e, principalmente, trabalhos originados no Brasil em estilo mangá mostram que sua linha ainda é ascendente e apresenta diversos nichos de mercado como a participação feminina e a produção artística e institucional com desenvolvimentos próprios.
Em todo esse processo de imigração, vários elementos da cultura japonesa foram inseridos dentro da cultura brasileira e repassados aos brasileiros pelos descendentes desse primeiro grupo responsável por uma parte da formação da nossa sociedade. A cultura pop moderna japonesa nasceu após a Segunda Guerra, graças aos mangás impressos em papel jornal, a baixo custo, sendo a única forma de entretenimento barato na época. Por sua estética visual cinematográfica impactante e enorme variedade de gêneros, os mangás acabaram criando toda uma cadeia mercadológica ligada também à música (o J-pop), a televisão (o animê), ao cinema, a dublagem, a publicidade e toda uma indústria de produtos relacionados aos personagens e histórias criadas.
No Brasil, os quadrinhos começaram a ganhar características orientais a partir da década de 60 com o lançamento do gênero mangá brasileiro pela Editora Edrel. Em 1965, Minami Keizi funda a editora Edrel. Sua primeira ação foi contratar os niseis Cláudio Seto, Fernando Ikoma e Paulo Fukue, no intuito de trazer novidades para os leitores brasileiros. A editora lançou várias revistas com histórias de samurais e outras com personagens inspirados em várias obras de Osamu Tezuka, como Astro Boy, a Princesa e o Cavaleiro e Kimba.
O crescimento do número de títulos resultou no aumento do interesse dos leitores brasileiros pelos mangás. Hoje, com o lançamento dos mangás pelas Editora JBC, Panini e Conrad, esse produto passou a fazer parte da própria cultura brasileira. Os mangás supriram uma ausência no mercado brasileiro de quadrinhos temáticos direcionados para jovens e adultos, fazendo com que novos leitores fossem formados, através da leitura de mangás. Os próprios quadrinhos de Mauricio de Sousa, voltados para o público infantil, foram muito influenciados pela estética do mangá de Osamu Tezuka, seu grande amigo.
As meninas brasileiras, sempre esquecidas pelo mercado, estão tendo hoje a oportunidade de terem suas heroínas e lerem histórias carregadas de romantismo. O mangá tornou-se muito mais que um elemento da cultura japonesa para ser um gênero e um estilo visual eficiente que influencia diversas áreas. É um mercado que arrecada mundialmente, incluindo o Brasil, 100 bilhões de dólares por ano. Desde os anos 90, o mundo inteiro se surpreende com a “invasão” dos mangás e animês com um grande pacote mercadológico impossível de passar despercebido. No caso do Brasil, o país ocupa uma situação ímpar neste contexto, em função dos nikkeis, que trouxeram em sua bagagem cultural o hábito de leitura dos mangás.
As experiências de desenho e de linguagem desenvolvidas através dos fanzines foram depuradas e se encaminhando para as publicações comerciais. De um lado há desenhistas e aficionados que insistem na linguagem original dos mangás e outros, ao contrário, os vêem como um estilo onde seu conteúdo pode conter roteiros brasileiros. Da mesma forma que os japoneses assimilaram a técnica ocidental no final do século XIX, o estilo mangá está sendo absorvido e adaptado para conteúdos ocidentais (e brasileiros no caso) tornando-se uma nova forma de expressão da arte seqüencial. A produção progressiva, tanto de fanzines como de obras traduzidas e, principalmente, trabalhos originados no Brasil em estilo mangá mostram que sua linha ainda é ascendente e apresenta diversos nichos de mercado como a participação feminina e a produção artística e institucional com desenvolvimentos próprios.
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