sábado, 22 de dezembro de 2007

Gainax - Os fãs que mudaram a história do Animê


Por Tiago Bacelar (Reportagem construída com material distribuído por assessoria de imprensa da Gainax em 2005, através de textos, fotos e vídeos. Isso inclui os depoimentos presentes nessa matéria.)
A Gainax começou a surgir, no ano de 1980, na Universidade de Osaka, com o encontro dos desconhecidos estudantes japoneses Hideaki Anno, Toshio Okada e Hiroyuki Yamaga. As primeiras criações deles foram curtas-metragens, onde eles mesmos usavam as roupas dos protagonistas e vilões.
Os integrantes da Gainax eram fãs das séries clássicas. Por isso, se inspiraram nelas, e tentaram levar o anime à frente como forma de expressão. Em 1981, ocorreu a primeira exibição pública de uma produção dos três estudantes. O local foi na Daicon, a qual era um evento de ficção científica, e, a décima nona edição da convenção Japão SF. Para a abertura do mesmo, Eles decidiram realizar, sem a participação de nenhum estúdio profissional, um curta-metragem de animação. Demoraram meses para fazê-lo. Apesar disso, o anime só durava cinco minutos. Com o sucesso, Anno, Yamaga e Okada decidiram criar duas empresas: a General Products e a Daicon Filmes.
A primeira era uma loja especializada em produtos de ficção científica e a segunda era um estúdio para produção de filmes e séries de TV. A General Products continuou patrocinando vários eventos, até que em 1983, o Japão SF voltou para Osaka. Foi à vigésima segunda edição, o Daicon IV, e desta vez produziram um novo curta de cinco minutos para a mesma. Ele foi aclamado por ter uma qualidade quase profissional, na edição de outubro da revista Animage. Dessa forma, a Daicon Filmes fez vários curtas-metragens em oito milímetros, e, quase todos tinham uma duração de 10 minutos.
Entre 1983 e 1984, saíram obras como Aikokusentai Daí Nippon[1] e Kaettekita Ultraman[2]. O projeto mais ambicioso dessa época foi Yamata Orochi no Gyakushuu[3]. Ele tinha uma duração de 85 minutos e foi filmado em 16 milímetros. Com o suporte da General Products, o grupo organizava projeções em Osaka e Tóquio para mostrar suas criações ao público japonês. Em dezembro de 1984, elas foram fundidas em uma só e surgiu a Gainax. Em 1986, a Gainax apresentou um projeto para uma co-produção com a Bandai. Eles queriam fazer o longa-metragem As Asas de Honneamise.
O custo seria de 800 milhões de yens (cerca de sete milhões de dólares). A Bandai aceitou o risco, se deu mal, e, a produção foi um verdadeiro fiasco de bilheteria. A trama, que estreou em março de 1987, abordava um mundo, onde dois grupos, Honneamise e República, disputavam à conquista do espaço. O protagonista da história, Shiro, decide torna-se por conta própria o primeiro homem no espaço, no intuito de mostrar a humanidade, o quão ridículo era aquela disputa. As Asas de Honnemiase foi dirigida por Hiroyuki Yamaga, o qual é o presidente atual da Gainax. “Na época tinha apenas 24 anos. Chamei Yoshiyuki Sadamoto para fazer o desenho dos personagens. A trilha sonora ficou nas mãos do fantástico Ryuichi Sakamoto. Não me arrependo de nada dessa época. Honnemiase para mim foi sensacional. Pena que demorou tanto para ser reconhecido com uma grande obra”, revelou Yamaga. A animação era de primeira, bem detalhada, e, cheia de realismo e impacto. As Asas de Honneamiase foi um anime à frente do seu tempo.
Sua utilidade para a Gainax foi de apenas abrir espaço para o estúdio no mercado de animação do Japão. Honnemiase só começou a deixar de dar prejuízo em 1992, quando foi relançado nos cinemas e chegou às locadoras. A segunda produção da Gainax foi Gunbuster: Rumo ao Topo. Estamos no ano de 2015, quando a primeira nave de exploração da Terra é atacada e destruída por alienígenas. Poucos sobrevivem, e, o pai da protagonista, a jovem Noriko Takaya, não sobrevive. Passam-se alguns anos, e, Noriko se alista para as forças de defesa da Terra. Embora pareça um anime cheio de clichês, ele é baseado na obra O Jogo de Ender, de Orson Scott Card. Essa série de seis episódios aborda a questão da viagem espaço-temporal, onde a velocidade da luz é mostrada de uma forma interessante. Noriko e Kazumi passam a procurar o mais rápido possível uma bomba capaz de destruir a frota de 12 milhões dos extraterrestres. Quando elas encontram, já haviam se passado, milhares de anos na Terra.
Os aliens são derrotados e elas voltam para casa. “Gunbuster deixou claro para nós uma prerrogativa. A Gainax devia misturar elementos dos romances clássicos da ópera espacial, como Guerra nas Estrelas e Jornada nas Estrelas, com a dramaticidade e fragilidade humana, diante da imensidão do universo. A repercussão de Gunbuster não foi tão boa quanto esperávamos”, explicou Yamaga. Esse anime não rendeu muitos lucros para a Gainax. Baseado no romance 20 mil léguas submarinas, de Júlio Verne, em 1990, estreava na NHK, os 39 episódios de Nadia e os Segredos da Água Azul. Esse anime se passa na Europa, do século XIX. A protagonista, Nadia, parte em busca de uma jóia mística, a qual estaria escondido no continente submerso de Atlântida. Com uma grande parte da produção foi feita no estúdio T5, a Gainax não lucrou muito com Nadia, pois os direitos autorais foram divididos.
“Nós nos arrependemos, até hoje, dessa parceria, que prejudicou muito a animação da série. Nós fizemos o início e o fim, e, a T5, o meio. Uma pessoa ao ver Nadia vai pensar que são dois animes totalmente diferentes. Por isso, fizemos, por necessidade, apenas Otaku no Vídeo, com esse tipo de acordo”, desabafou Yamaga. Em 1991, Otaku no Vídeo poderia ser o último anime da Gainax, pois a empresa ainda não tinha conseguido lucrar, e, muito menos ganhar independência financeira. A produção foi bancada por um estúdio na mesma situação que a Gainax. Ele foi a Toshiba Productions. “Otaku no Vídeo foi o nosso bote salva-vidas. Queríamos fazer uma crítica à própria origem da Gainax e as maluquices dos otakus fanáticos. Fiquei muito triste na época com a falência da Toshiba, que apostou, assim como nós, tudo nesse projeto”, explicou. Otaku no Vídeo é fundamental para aqueles que querem conhecer os bastidores das produções de anime, e, principalmente, o lado sombrio dos otakus japoneses.
Com o capital gerado por essa série de dois episódios, a Gainax começa a produção de Evangelion. Em 1995, estreava, no Japão, o anime Shin Seiki Evangelion[4]. A trama começa no ano 2000, onde a humanidade tenta se recuperar de uma grande catástrofe ocorrida na Antártida. Isso ocasionou uma série de cataclismas que assolam o mundo, ficando conhecida como o Segundo Impacto. Logo após este acontecimento, a humanidade se preparou para se defender de entidades conhecidas como Anjos, que iriam destruir a Terra. A cidade de Tóquio ressurge como Tóquio-III. Um grupo militar e científico consegue, com muita dificuldade, capturar um desses seres para realizar análises, batizando-o de Adão. A partir dele foi criada uma nova entidade, chamada de Eva, numa clara referência com a Bíblia. Os Evas seriam os últimos recursos de defesa da humanidade contra os Anjos. Para que essa nova tecnologia biológica fosse explorada, foi criado o Grupo Nerv, cuja principal base está localizada abaixo de Tóquio-III. Todos os ataques dos Anjos são contra essa base, pois dentro dela se encontra os restos de Adão. As únicas pessoas capazes de pilotar os Evas são 20 crianças, as quais nasceram com seu código genético já alterado para que sejam compatíveis aos dos Evas. Dentre elas estão Asuka, Rei e Shinji. Antes de virar anime, Evangelion foi publicado pela revista Shonen Esu. Com a produção da série, as vendas do mangá triplicaram para 300 mil edições por mês.
Enquanto isso, a edição encadernada chegou a incrível marca de três milhões e meio de exemplares. O editor-chefe da Shonen Esu, Inoue Shinichirou, revelou os segredos de tanto sucesso. “Existe uma grande variedade de pessoas que lêem Evangelion. São adolescentes e até mesmo adultos com cerca de 30 anos de idade. Os pontos fortes dessa obra são as semelhanças entre os problemas dos personagens com os dos leitores. Fiquei surpreso em saber que a popularidade da nossa revista se devia ao anime”, contou Shinichirou. “A palavra compromisso não faz parte do nosso dicionário. Confesso que isso pode trazer alguns problemas para o nosso público. Entretanto, essa mentalidade é crucial para fazermos os nossos animes sem nenhum tipo de preocupação. Eu acho que somos a união dos melhores profissionais do Japão, produzindo animes espetaculares”, disse Toshimichi Ootsuki, produtor executivo da Gainax. “Um aspecto interessante que procurei trazer para o anime de Evangelion, graças à genialidade de Sadamoto, foi uma abordagem sobre a psicologia humana, questionando o sentido da existência do próprio ser. Os personagens da série são constantemente atormentados por seus problemas. O fato dos protagonistas terem 14 anos não é coincidência. Nessa fase, as pessoas ficam entre o mundo dos adultos e os das crianças. Elas se perguntam: para que estou vivendo? O que vou ser quando crescer? Bem, é a época de pensar nessas coisas. Acredito que foi por isso que ela fez tanto sucesso”, explicou o diretor da série, Hideaki Anno. Evangelion finalmente trouxe a tão sonhada independência financeira para a Gainax, com a fortuna gerada em Merchandising. Esse anime rendeu 26 episódios. Depois, dois filmes foram lançados para explicar alguns mistérios da série de TV. Essas produções renderam dois recordes. O primeiro foi à venda antecipada de 200 mil ingressos.
Em seguida, os japoneses compraram cerca de dois milhões e meio de fitas de vídeo VHS e LDs. Em 2003, Evangelion foi remasterizado, ganhou novas cores e foi lançado com grande sucesso em DVD no Japão. Em 1998, a Gainax desenvolve Karekano. Esse nome é uma abreviação de Kareshi Kanojo no Jijou[5]. A história relata a vida de um casal de namorados, Arima Souichiro e Miyazawa Yukino, desde quando se conhecem e se tornam rivais até o momento em que se apaixonam. Mostram também a convivência com os seus amigos Rika, Tsubaki, Tsubasa e Kazuma. Essa última era apaixonada por Arima. No princípio, sente um ódio mortal de Miyazawa, mas contenta-se em ser a irmãzinha do Arima. Karekano mostra os problemas das relações e do convívio dos adolescentes. “Esse anime foi muito interessante para nós, pois procuramos variar um pouco nas histórias, depois do sucesso de Evangelion. Apesar de continuarmos abordando todos os conflitos internos que o ser humano enfrenta em determinadas situações”, explicou Yamaga.
Karekano rendeu 26 episódios e foi um grande sucesso no Japão. No dia primeiro de agosto de 1999, a Gainax trouxe a série de TV, Koume-chan Ga Iku. O anime conta à história de Koume, uma típica empregada da Caramel Ribbon, localizada em Osaka. Essa companhia japonesa é especializada em designes. Esse conto de humor mostra também sua convivência com o seu chefe esquisito e Kimi, uma colega de trabalho que nas horas vagas faz parte de uma gangue. Koume-chan possui 12 capítulos. Na mesma época veio Orubuchan Ebichu. Apesar do seu traço feio, a série chama atenção pelo roteiro meio amalucado, onde uma hamster tenta em vão dar conselhos sexuais a sua dona. No meio da história surge Maa-kun, um humano que se apaixona perdidamente pela hamster Ebichu. A série teve 24 episódios. Em 2001 é lançada a comédia romântica Mahoromatic. O anime se passa na década de 80, quando a Terra foi invadida por alienígenas. Para impedir isso, uma organização chamada Vésper foi criada. Ela cria andróides de combate capacitados para derrotar os aliens e salvar a Terra. Eles possuem um período muito curto de vida útil, e, chega um momento em que essas máquinas deixam de ser utilizadas na batalha. A protagonista Mahoro é um deles. Quando se aproxima o dia do seu fim, ela é intimada para decidir o seu futuro: Continuar operando em modo de combate e viver por 30 dias ou deixar as armas e viver 398. Assim, ela decide largar a guerra para se tornar uma empregada doméstica na Terra. Numa série de depoimentos importantes, a equipe de produção de Mahoromatic contou vários segredos dos bastidores.
Hiroyuki Yamaga (Diretor da série) - “Em Mahoromatic, procuramos fazer uma sátira com as séries de andróides. A decisão de Mahoro virar uma empregada, uma profissão comum, foi à forma encontrada por nós de fazer algo diferente. Ela tem uma personalidade bem extrovertida, assim como uma mulher comum, sente ciúmes, quer ter seios grandes e gostaria de ter amigos. Essa série foi especial para mim, pois voltei a atuar como diretor, depois que assumi a presidência da Gainax. A repercussão dela foi acima do que estávamos esperando. Por isso, fizemos uma continuação”.
Ayako Kawasumi (Dubladora de Mahoro) – “A Mahoro é uma personagem muito linda. Quando li o script, fiquei surpresa ao saber que essa história era sobre uma empregada. Inicialmente, Confesso que não gostei muito disso. A Mahoro acabou sendo mais legal do que esperava”.
Asami Sanada (Dubladora de Chizuko) – “Depois de ler as primeiras falas do script, eu gostei tanto que fui, no dia seguinte, para uma livraria no intuito de comprar o mangá. Conhecer a obra original foi importante na interpretação do papel que me designaram”.
Manabi Mizuno (Dubladora de Rin) – “Pensei que essa personagem era muito bobinha para interpretá-la. Certo dia, eu li uma parte onde a Mahoro estava dizendo ao Suguru que lavaria suas costas. Fiquei petrificada na hora. Nunca imaginei que esse anime iria mostrar uma cena dessas”.
Asami Sanada – “Esse anime tem algumas cenas de nudismo, mas não existe nenhum problema para as garotas verem isso”.
Manabi Mizuno – “Depois, esse aspecto me pareceu interessante pela temática adulta. Adorei participar dessa série”.
Yumi Kikuchi (Dubladora de Miyuki) – “Eu gostei tanto da história que li o script até o fim, mesmo antes de começar o processo de dublagem. Amei interpretar a Miyuki”.
Asami Sanada – ‘Essa é uma daquelas obras onde é fácil se envolver com o seu roteiro”.
Kazuhiro Takamura (Diretor de animação) – “Quando estava produzindo o anime, procurei tomar cuidado para não trair as expectativas do meu diretor e dos fãs. Tentei retratar o estilo original da obra, trazendo suas qualidades artísticas para a TV. Fiquei muito preocupado, pois não sabia se era capaz disso”.
Ayako Kawasumi – “Eu acredito que o senhor Takamura foi muito feliz na adaptação, pois o anime é um espelho fiel ao mangá”.
Fujio Takimoto (Dubladora de Suguro) – “Interpretar o Suguru foi muito lindo, pois ele era o par da Mahoro. O resultado final desse projeto da Gainax foi sensacional”.
Miwa Iwanami (Diretor da Trilha Sonora) – “Foi complicado compor músicas para um anime sobre uma empregada. Dos muitos seriados que abordaram essa profissão, Mahoromatic foi o mais complexo”.
Ito Yoshiaki (Diretor de Designes) – “São poucas as adaptações de histórias de empregadas que chegaram a ter algum sucesso. Apesar disso, eu ainda considero Mahoromatic uma grande produção”.
Yumi Kikuchi – “Esse anime tem batalhas, amores impossíveis e empregadas. Esses elementos são os destaques da produção, que os tornam parte de uma das melhores séries que já fiz em minha carreira”.
Osabe Naoko (Designer de Arte) – Mahoro e Suguru vivem num mundo muito tocante, o qual está relacionado com o passado de Mahoro. Há uma mistura de cenas de luta com de comédia. São dois universos num só. A diferença entre eles é a parte mais interessante do anime, fazendo do mesmo um grande trabalho”.
Dubladora Yume Takada (Professora Shikijo) – “Essa história tem uma penetração muito grande no coração das pessoas. A minha personagem é muito divertida, principalmente por causa dos peitões dela”.
Miwa Iwakami – “Não se pode esquecer do trabalho do diretor Yamaga, que foi crucial para a beleza da animação de Mahoromatic”.
Toshio Matsuda (Compositor dos temas de abertura e encerramento) – “Quando nós gravamos a abertura com a cantora Ayako Kawasumi, eu escolhi um estúdio bem profissional nessa área. Isso me pareceu necessário, pois ela parecia ser uma pessoa muito tímida e quieta. Se ela era assim, a música tinha que ter uma melodia suave. Dessa forma, confesso que fiquei um pouco preocupado. Depois da primeira gravação em estúdio, terminei verificando que a voz dela combinava perfeitamente com a música. No meio daquela voz suave, eu consegui encontrar uma enorme presença de espírito. Estava perplexo com o resultado final. Há muito tempo, procurava trabalhar com alguém assim. Provavelmente, nós gravaremos, num futuro próximo, outras músicas como essa. Vou usar essa experiência para me aperfeiçoar como profissional”.
Ayako Kawasaki – “Desde que esse anime era resultado de um grande projeto, eu não podia fracassar com a minha música. Procurei cantar de uma forma tão bela quanto a Mahoro. Foi feita uma grande pressão sobre mim, mas, quando eu fiz, acabou sendo divertido e estou contente. A música tem partes tristes e partes bonitas. Isso foi pensado de forma coesa, pois ela reflete bem o interior da Mahoro”.
Kumano Kiyomi (Compositora das letras dos temas da série) – “Quando compus a abertura, tentei mostrar todos os sentimentos da protagonista da série. Fiquei contente de verificar como o resultado final ficou lindo”.
Toru Watanabe (Diretor de Gráficos) – “Eu coloquei tudo de mim nesse projeto. Fazer a cena de banho entre a Mahoro e o Suguru foi à parte mais divertida do trabalho. É legal ver o sentimento que os dois demonstram um pelo outro. Seria como se a Mahoro fosse uma mãe para Suguru”.
Ayako Kawasumi – “Nós procuramos adicionar vozes bonitas aos personagens para que os leitores que tiveram acesso ao mangá, pudessem se entreter da mesma forma ao assistirem o anime. Como a Mahoro era a mais linda que dublei, não sabia se conseguiria agradar aos fãs com o meu singelo trabalho”.
Ito Yoshiaki – “Na primeira metade da série existe muitas cenas de humor. Entretanto, o telespectador acaba se chocando com o que vem a seguir na trama. Quando Mahoro guerreava, ela acabou assassinando o pai de Suguru. Por causa do remorso causado pelo passado, Mahoro gera uma série de empecilhos, que a impedem de ser feliz com quem ama”.
Ayako Kawasumi – “Mahoro tenta ser amável com todos. Mas, o seu passado, suas memórias e como será destruída, a deixam em dúvida sobre o seu futuro ao lado de Suguru”.
Fujiko Takimoto – “Suguru perdeu sua mãe aos oito e seu pai aos dez. Por quatro anos, ele tem vivido sozinho em sua casa. Isso é muito triste. Em virtude desses acontecimentos, Suguru tem inveja da felicidade das pessoas que convivem em volta dele. Quando ocorre o seu encontro com Mahoro, o Suguru muda o seu modo de ver as coisas. Ele fica feliz e passa a fazer muitos amigos. Durante a dublagem, eu tentei passar esses sentimentos para o personagem. Espero ter conseguido”.
Mahoromatic rendeu 12 episódios e um especial de TV. No dia seis de abril de 2002 começava a chegar os 13 OVAs do Bairro Mágico de Abenobashi. No início da história, os jovens Imamiya Satoshi, a Sashi, e Asahina Arumi acabam sem querer quebrando um dos selos da cidade. No meio da confusão, o avô de Sashi cai de uma varanda e morre. Todos esses acontecimentos somados fazem com que eles sejam transportados para várias Abenobashi alternativas. Nesses lugares, seus parentes existem, mas, eles não são mais os mesmos. Sashi e Arumi notam que até mesmos os nomes deles mudaram.
Foi com esse pretexto que a Gainax fez em cada Abenobashi alternativa uma sátira as produções de ficção científica, comédia, comédia romântica, ação, aventura, terror, romance e artes marciais. No dia 27 de setembro de 2002, a Gainax lançou a segunda fase de Mahoromatic, onde a andróide Minawa Ando surge na vida de Mahoro e Suguru. Enquanto isso, o tempo de duração de Mahoro começa a se esgotar cada vez mais. Essa continuação teve 14 capítulos e um especial de TV. No dia um de abril de 2004 era vez da estréia de Kono Minikuku mo Utsukushii Sekai. Quando o jovem Takemoto Takeru estava andando de bicicleta, ele viu uma entranha luz. Curioso, ele para, entra mata adentro, e vê uma bola de energia em cima de uma árvore. Para sua surpresa, essa esfera vira a garota Hikari, por quem se apaixona perdidamente. Entretanto, em virtude desses acontecimentos, Takeru se transforma numa espécie de super-herói. A série foi encerrada no dia 17 de junho com 12 episódios. Yamaga e Anno mudaram o rumo da indústria de animes. Depois, a Gainax apontou o caminho a ser seguido no futuro por todos os estúdios de animação.
[1] A força patriótica do grande Japão.
[2] O retorno de Ultraman. Essa obra foi considerada pirata, pois infringia os direitos autorais da Tsubuyara Productions.
[3] A Vingança de Yamata Orochi – A serpente de oito cabeças.
[4] A nova gênesis de Evangelion.
[5] Coisas de Namorados.

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