Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u431422.shtml
Boa parte da literatura alemã consagrada internacionalmente tem seus escritores oriundos do chamado Grupo 47, associação que reuniu entre o pós-guerra e os anos 70 nomes como os vencedores do Prêmio Nobel Heinrich Böll (1917-1985) e Günter Grass, e ainda Peter Handke e Hans Magnus Enzensberger, entre outros.
Para apresentar um panorama da recente produção literária em língua alemã, a 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece entre quinta-feira e 24 de agosto, reúne seis escritores das gerações posteriores ao Grupo 47 em seu principal palco de eventos, o Salão de Idéias. Um deles, Robert Menasse, tem dois livros editados no Brasil: "Espelho Cego" (Companhia das Letras, 2000) e "A Certeza Sensível" (Estação Liberdade, 1991).
Dois outros já têm lançamentos previstos no país: Julia Franck, que lança na Bienal "A Mulher do Meio-Dia" (Nova Fronteira), saga familiar que deu a ela o Deutscher Buchpreis, o "Booker Prize alemão". E Ilija Trojanow, cujo "O Colecionador de Mundos", romance histórico sobre o explorador britânico Richard Burton (1821-1890), sai em 2009 pela Companhia das Letras.
Wolfgang Bader, diretor do Instituto Goethe São Paulo, que convidou os escritores, ressalta que, na literatura em língua alemã, faz-se uma distinção entre a produção ligada à República de Bonn --capital da Alemanha Ocidental, com o país dividido do pós-guerra-- e a República de Berlim --o país reunificado, aberto à internacionalização da cultura.
"A esta República corresponde uma transição de geração literária, que tem ainda a Alemanha como tema, mas que também explora mais o mundo", afirma Bader.
"Temos mais autores jovens, que viajam muito, mais mulheres e mais escritores com ascendência não alemã. Os temas de que tratam são de interesse global e refletem a convivência entre diferentes culturas."
Em paralelo à Bienal, o Goethe abriga a Semana de Literatura Alemã, entre 18 e 22 de agosto. Com entrada franca, os encontros começam sempre às 19h e terão a participação de escritores brasileiros como Milton Hatoum, Bernardo Carvalho e Fernando Bonassi. A programação completa está em www.goethe.de/saopaulo.
Mais Bienal
Segundo Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que organiza a Bienal, a presença alemã reforça o caráter internacional desta 20ª edição, ainda um evento com mais apelo comercial --são 2 milhões de livros à venda, 4.000 deles lançamentos-- do que literário --a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) permanece o principal palco das letras no país.
Ao todo são 50 convidados estrangeiros, de 14 países --a Espanha também traz um bom número de escritores (nove). São 73 expositores estrangeiros, representando dez países, entre eles a Índia, que, segundo Rosely, vem pela primeira vez à bienal paulista.
Outros destaques internacionais são a vencedora do Pulitzer Samantha Power e o escritor mexicano Guillermo Arriaga, roteirista premiado no Festival de Cannes de 2005 por "Três Enterros".
Boa parte da literatura alemã consagrada internacionalmente tem seus escritores oriundos do chamado Grupo 47, associação que reuniu entre o pós-guerra e os anos 70 nomes como os vencedores do Prêmio Nobel Heinrich Böll (1917-1985) e Günter Grass, e ainda Peter Handke e Hans Magnus Enzensberger, entre outros.
Para apresentar um panorama da recente produção literária em língua alemã, a 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece entre quinta-feira e 24 de agosto, reúne seis escritores das gerações posteriores ao Grupo 47 em seu principal palco de eventos, o Salão de Idéias. Um deles, Robert Menasse, tem dois livros editados no Brasil: "Espelho Cego" (Companhia das Letras, 2000) e "A Certeza Sensível" (Estação Liberdade, 1991).
Dois outros já têm lançamentos previstos no país: Julia Franck, que lança na Bienal "A Mulher do Meio-Dia" (Nova Fronteira), saga familiar que deu a ela o Deutscher Buchpreis, o "Booker Prize alemão". E Ilija Trojanow, cujo "O Colecionador de Mundos", romance histórico sobre o explorador britânico Richard Burton (1821-1890), sai em 2009 pela Companhia das Letras.
Wolfgang Bader, diretor do Instituto Goethe São Paulo, que convidou os escritores, ressalta que, na literatura em língua alemã, faz-se uma distinção entre a produção ligada à República de Bonn --capital da Alemanha Ocidental, com o país dividido do pós-guerra-- e a República de Berlim --o país reunificado, aberto à internacionalização da cultura.
"A esta República corresponde uma transição de geração literária, que tem ainda a Alemanha como tema, mas que também explora mais o mundo", afirma Bader.
"Temos mais autores jovens, que viajam muito, mais mulheres e mais escritores com ascendência não alemã. Os temas de que tratam são de interesse global e refletem a convivência entre diferentes culturas."
Em paralelo à Bienal, o Goethe abriga a Semana de Literatura Alemã, entre 18 e 22 de agosto. Com entrada franca, os encontros começam sempre às 19h e terão a participação de escritores brasileiros como Milton Hatoum, Bernardo Carvalho e Fernando Bonassi. A programação completa está em www.goethe.de/saopaulo.
Mais Bienal
Segundo Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que organiza a Bienal, a presença alemã reforça o caráter internacional desta 20ª edição, ainda um evento com mais apelo comercial --são 2 milhões de livros à venda, 4.000 deles lançamentos-- do que literário --a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) permanece o principal palco das letras no país.
Ao todo são 50 convidados estrangeiros, de 14 países --a Espanha também traz um bom número de escritores (nove). São 73 expositores estrangeiros, representando dez países, entre eles a Índia, que, segundo Rosely, vem pela primeira vez à bienal paulista.
Outros destaques internacionais são a vencedora do Pulitzer Samantha Power e o escritor mexicano Guillermo Arriaga, roteirista premiado no Festival de Cannes de 2005 por "Três Enterros".
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