Fonte: UOL e Mayumi Seto
O artista plástico, ilustrador e desenhista de quadrinhos Claudio Seto morreu neste sábado(15) em Curitiba. Ele teve um acidente vascular cerebral. Seto tinha um quadro de pressão alta e diabetes, doenças que aumentam os riscos de AVC. Estava com 64 anos. Segundo informações da sua filha Mayumi Seto, segue a programação do seu velório e enterro:
velório: 13horas - na Praça do Japão (16/11)
missa: 10horas - na Praça do Japão (17/11)
enterro: 11horas - cemitério da Órleans (17/11)
Claudio Seto é tido como o pioneiro na produção de mangás no Brasil. Ele criou no fim da década de 1960 o personagem "Samurai", produzido no estilo japonês. As histórias foram publicadas pela extinta editora Edrel e lembravam o traço do mangá "Lobo Solitário", já lançado no Brasil pela editora Panini. Essas histórias, consideradas raríssimas, foram compiladas num álbum que será publicado pela editora Devir, possivelmente neste ano ainda.
Pela mesma editora, lançou neste ano o livro "Lendas Trazidas pelos Imigrantes do Japão".
O vínculo de Claudio Seto com as raízes do quadrinho japonês no Brasil renderam a ele diferentes homenagens neste ano por conta do centenário da imigração japonesa. Um dos reconhecimentos ocorreu em julho na entrega do Troféu HQMix, a principal premiação da área de quadrinhos do país. O desenhista foi um dos homenageados. A estatueta da premiação, dada a cada um dos vencedores, usou a forma do Samurai criado por ele.
A cerimônia de entrega dos troféus também exibiu o documentário "O Samurai de Curitiba", dirigido por Rober Machado e José Padilha. Seto é um dos entrevistados. A produção abordou os bastidores das editoras Edrel e Grafipar, que publicou eróticos entre o fim da década de 1970 e o início da seguinte.
Seto trabalhou em jornais em Curitiba, entre eles o Correio de Notícias e a Tribuna do Paraná. Liderança importante da comunidade nipo-brasileira, era um dos assessores do secretário municipal Rui Hara.
missa: 10horas - na Praça do Japão (17/11)
enterro: 11horas - cemitério da Órleans (17/11)
Claudio Seto é tido como o pioneiro na produção de mangás no Brasil. Ele criou no fim da década de 1960 o personagem "Samurai", produzido no estilo japonês. As histórias foram publicadas pela extinta editora Edrel e lembravam o traço do mangá "Lobo Solitário", já lançado no Brasil pela editora Panini. Essas histórias, consideradas raríssimas, foram compiladas num álbum que será publicado pela editora Devir, possivelmente neste ano ainda.
Pela mesma editora, lançou neste ano o livro "Lendas Trazidas pelos Imigrantes do Japão".
O vínculo de Claudio Seto com as raízes do quadrinho japonês no Brasil renderam a ele diferentes homenagens neste ano por conta do centenário da imigração japonesa. Um dos reconhecimentos ocorreu em julho na entrega do Troféu HQMix, a principal premiação da área de quadrinhos do país. O desenhista foi um dos homenageados. A estatueta da premiação, dada a cada um dos vencedores, usou a forma do Samurai criado por ele.
A cerimônia de entrega dos troféus também exibiu o documentário "O Samurai de Curitiba", dirigido por Rober Machado e José Padilha. Seto é um dos entrevistados. A produção abordou os bastidores das editoras Edrel e Grafipar, que publicou eróticos entre o fim da década de 1970 e o início da seguinte.
Seto trabalhou em jornais em Curitiba, entre eles o Correio de Notícias e a Tribuna do Paraná. Liderança importante da comunidade nipo-brasileira, era um dos assessores do secretário municipal Rui Hara.
Vida
Chuji Seto Takeguma nasceu em 1944 em Guaiçara, São Paulo. Atuou como jornalista, fotógrafo, quadrinista, chargista, artista plástico e pesquisador da cultura japonesa. Cláudio Seto foi morar no Japão com 9 anos e lá, durante 3 anos, estudou noTemplo Myoshinji, da seita Zen, em Kyoto. Nos finais de semana, visitava em seu estúdio Osamu Tezuka, “o pai do mangá”.
Depois de oito anos, retornou ao Brasil e trabalhou com publicidade. No final da década de 60, trabalhou na recém-fundada Editora Edrel, onde foi o pioneiro ao utilizar o estilo mangá nos quadrinhos brasileiros e produzir histórias de samurais e ninjas.
Na década de 70 mudou-se para Curitiba. Trabalhou na editora curitibana Grafipar como desenhista e editor de alguns títulos, reunindo grandes argumentistas e desenhistas na editora, dentre eles Flavio Colin, Julio Shimamoto, Mozart Couto, Watson Portela, Rodval Matias e Franco de Rosa.
Com o fim da Grafipar, Seto publicou poucas histórias em quadrinhos, entre elas destaca-se A História de Curitiba em Quadrinhos, publicada em comemoração aos 300 anos da cidade. Também produziu histórias de conteúdo adulto, em pleno período da ditadura militar.
Foi colunista e colaborador do jornal Paraná Shimbun por vários anos e atualmente era editor do jornal Garça da Sorte e Planeta Zen, além de pesquisador no censo da comunidade nipo-brasileira, em parceria com a jornalista Maria Helena Uyeda e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Era, tabém, organizador dos matsu ( festivais que têm por objetivo preservar e divulgar a cultura e as tradições japonesas aos seus descendentes e apreciadores).
Em 2007, Seto recebeu várias homenagens em Curitiba. A primeira é o título de Cidadão Honorário de Curitiba, a outra foi um um documentário sobre a sua produção em quadrinhos. O título é O Samurai de Curitiba, um curta-metragem, dirigido por Rober Machado.
Dentre os prêmios ganhos por Seto estão o prêmio homenagem Ângelo Agostini como “Mestre do Quadrinho Brasileiro” em 1990; o HQMix, como “Grande Mestre do Quadrinho Brasileiro” em 1995; além de uma homenagem como “Pioneiro e Mestre do Mangá no Brasil”, da Associação Brasileira dos Desenhistas de Mangá e Ilustradores em 1996.
Um de seus últimos trabalhos foi Lendas do Japão, livro que escreveu e ilustrou. A obra reúne 15 das mais populares lendas que os imigrantes vindos do Japão trouxeram ao Brasil; foram selecionadas entre mais de 200 lendas publicadas no jornal Nippo Brasil, de São Paulo, onde o autor mantinha uma coluna desde 2000.
Depois de oito anos, retornou ao Brasil e trabalhou com publicidade. No final da década de 60, trabalhou na recém-fundada Editora Edrel, onde foi o pioneiro ao utilizar o estilo mangá nos quadrinhos brasileiros e produzir histórias de samurais e ninjas.
Na década de 70 mudou-se para Curitiba. Trabalhou na editora curitibana Grafipar como desenhista e editor de alguns títulos, reunindo grandes argumentistas e desenhistas na editora, dentre eles Flavio Colin, Julio Shimamoto, Mozart Couto, Watson Portela, Rodval Matias e Franco de Rosa.
Com o fim da Grafipar, Seto publicou poucas histórias em quadrinhos, entre elas destaca-se A História de Curitiba em Quadrinhos, publicada em comemoração aos 300 anos da cidade. Também produziu histórias de conteúdo adulto, em pleno período da ditadura militar.
Foi colunista e colaborador do jornal Paraná Shimbun por vários anos e atualmente era editor do jornal Garça da Sorte e Planeta Zen, além de pesquisador no censo da comunidade nipo-brasileira, em parceria com a jornalista Maria Helena Uyeda e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Era, tabém, organizador dos matsu ( festivais que têm por objetivo preservar e divulgar a cultura e as tradições japonesas aos seus descendentes e apreciadores).
Em 2007, Seto recebeu várias homenagens em Curitiba. A primeira é o título de Cidadão Honorário de Curitiba, a outra foi um um documentário sobre a sua produção em quadrinhos. O título é O Samurai de Curitiba, um curta-metragem, dirigido por Rober Machado.
Dentre os prêmios ganhos por Seto estão o prêmio homenagem Ângelo Agostini como “Mestre do Quadrinho Brasileiro” em 1990; o HQMix, como “Grande Mestre do Quadrinho Brasileiro” em 1995; além de uma homenagem como “Pioneiro e Mestre do Mangá no Brasil”, da Associação Brasileira dos Desenhistas de Mangá e Ilustradores em 1996.
Um de seus últimos trabalhos foi Lendas do Japão, livro que escreveu e ilustrou. A obra reúne 15 das mais populares lendas que os imigrantes vindos do Japão trouxeram ao Brasil; foram selecionadas entre mais de 200 lendas publicadas no jornal Nippo Brasil, de São Paulo, onde o autor mantinha uma coluna desde 2000.
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