Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u440838.shtml
As canções de Rita Lee ganharam ontem inesperada inflexão lusa. No projeto "Palavra de Paulista", em que intérpretes relêem seus compositores favoritos, a cantora Eugénia Melo e Castro, 50, visita alguns sucessos da sexagenária roqueira brasileira.
"Sou portuguesa, achei engraçado ser convidada para o 'Palavra de Paulista'", brinca a cantora, que, desde os anos 80, vem emprestando seu sotaque à MPB. "Este acento é a minha marca, minha verdade e minha sensibilidade".
Quem a conhece pelas interpretações de Tom Jobim e Chico Buarque talvez estranhe essa incursão pop. "Rita Lee está em meu repertório afetivo. Sei essas canções de cor, pois minha filha e eu sempre as cantamos em casa", diz a cantora.
Versões portuguesas
Essa relação lúdica de Eugénia com as músicas se refletiu, no show, em brincadeiras com as letras. Tome-se como exemplo "Pega Rapaz", que, em determinada altura, diz: "Tem tudo a ver o meu pingüim/ Com a tua geladeira". Em sua versão, Eugénia substitui o pingüim pelo galo de Barcelos, que é o adorno colocado nas geladeiras nos lares portugueses.
"Estou curiosa para ver a reação das pessoas. A Rita Lee proporciona essa liberdade, essa maluquice, com suas canções que são lindas e cheias de senso de humor, e pertencem a um mundo completamente diferente daquele que estou habituada a cantar", diz. Com entrada franca, a apresentação, no teatro Cosipa Cultura, no Jabaquara, teve duas versões: uma pocket, de meia hora, às 12h30, e outra integral, de 90 minutos, às 18h30.
Relançamentos
Integrado por itens como "Caso Sério", "Mania de Você", "Sem Luxo Nem Lixo" e "Shangrilá", o espetáculo chega em um momento em que a cantora está relançando maciçamente no Brasil a sua discografia, pelo selo Atração Fonográfica.
Já se encontram no mercado nacional "PoPortugal" (com dez canções que andaram nas paradas de sucesso da terra natal da cantora nos anos 80) e "Paz" (constituído de criações da própria Eugénia), que, anteriormente, haviam sido lançados apenas em Portugal; e "Eugénia Melo e Castro Canta Vinícius de Moraes", de 1994, em que sua voz é acompanhada por Tom Jobim e Egberto Gismonti, entre outros (cada um dos três custa, em média, R$ 25).
Está prevista ainda para este mês a chegada às lojas de "Duetos X 16", celebração de seus 26 anos de carreira, com fonogramas remasterizados, nos quais Eugénia aparece ao lado de nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Ney Matogrosso. "É uma estratégia de guerra", compara. "Os discos são lançados juntos para tentar forçar os distribuidores a prestarem atenção no que está acontecendo", afirma.
As canções de Rita Lee ganharam ontem inesperada inflexão lusa. No projeto "Palavra de Paulista", em que intérpretes relêem seus compositores favoritos, a cantora Eugénia Melo e Castro, 50, visita alguns sucessos da sexagenária roqueira brasileira.
"Sou portuguesa, achei engraçado ser convidada para o 'Palavra de Paulista'", brinca a cantora, que, desde os anos 80, vem emprestando seu sotaque à MPB. "Este acento é a minha marca, minha verdade e minha sensibilidade".
Quem a conhece pelas interpretações de Tom Jobim e Chico Buarque talvez estranhe essa incursão pop. "Rita Lee está em meu repertório afetivo. Sei essas canções de cor, pois minha filha e eu sempre as cantamos em casa", diz a cantora.
Versões portuguesas
Essa relação lúdica de Eugénia com as músicas se refletiu, no show, em brincadeiras com as letras. Tome-se como exemplo "Pega Rapaz", que, em determinada altura, diz: "Tem tudo a ver o meu pingüim/ Com a tua geladeira". Em sua versão, Eugénia substitui o pingüim pelo galo de Barcelos, que é o adorno colocado nas geladeiras nos lares portugueses.
"Estou curiosa para ver a reação das pessoas. A Rita Lee proporciona essa liberdade, essa maluquice, com suas canções que são lindas e cheias de senso de humor, e pertencem a um mundo completamente diferente daquele que estou habituada a cantar", diz. Com entrada franca, a apresentação, no teatro Cosipa Cultura, no Jabaquara, teve duas versões: uma pocket, de meia hora, às 12h30, e outra integral, de 90 minutos, às 18h30.
Relançamentos
Integrado por itens como "Caso Sério", "Mania de Você", "Sem Luxo Nem Lixo" e "Shangrilá", o espetáculo chega em um momento em que a cantora está relançando maciçamente no Brasil a sua discografia, pelo selo Atração Fonográfica.
Já se encontram no mercado nacional "PoPortugal" (com dez canções que andaram nas paradas de sucesso da terra natal da cantora nos anos 80) e "Paz" (constituído de criações da própria Eugénia), que, anteriormente, haviam sido lançados apenas em Portugal; e "Eugénia Melo e Castro Canta Vinícius de Moraes", de 1994, em que sua voz é acompanhada por Tom Jobim e Egberto Gismonti, entre outros (cada um dos três custa, em média, R$ 25).
Está prevista ainda para este mês a chegada às lojas de "Duetos X 16", celebração de seus 26 anos de carreira, com fonogramas remasterizados, nos quais Eugénia aparece ao lado de nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Ney Matogrosso. "É uma estratégia de guerra", compara. "Os discos são lançados juntos para tentar forçar os distribuidores a prestarem atenção no que está acontecendo", afirma.
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