quinta-feira, 4 de setembro de 2008

TV de Ramallah lança a primeira telenovela palestina

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u440480.shtml
O canal estatal da TV Palestina, com sede em Ramallah, na Cisjordânia, lançou nesta semana a primeira telenovela palestina, com uma história que se passa nos territórios palestinos ocupados e que envolve dramas de amor e de violência na família.
O primeiro capítulo da telenovela Mattab (lombada, em tradução livre) foi transmitido nesta segunda feira, a primeira noite do Ramadã, mês em que os muçulmanos costumam jejuar durante o dia e só comer à noite, depois das orações. Após as refeições do Ramadã, as famílias palestinas costumam se reunir em volta da televisão, normalmente para assistir telenovelas produzidas nos países árabes.
A telenovela palestina, de dez capítulos, conta, em tom de comédia, histórias do dia-a-dia de personagens palestinos na Cisjordânia. Um dos personagens é preso pelo Exército israelense, e a família tenta libertá-lo; algumas cenas se passam em pontos de checagem israelenses.
Outro personagem é uma mulher cujo namorado é rejeitado por sua família por razões religiosas. Outro drama envolve os problemas de um casal no qual a mulher quer ter mais liberdade. A produção foi, em grande parte, financiada pela União Européia.
Concorrência síria
Entre as telenovelas árabes assistidas pelos palestinos, a preferida é a síria Bab Elhara (o portão do bairro, em tradução livre), que também é a principal concorrente da nova produção palestina e passa no mesmo horário, às 20h.
"O índice de audiência da telenovela síria é muito alto, e a Mattab provavelmente terá dificuldades de conquistar espaço diante da forte concorrente", disse o jornalista Walid Nasser, de Ramallah, à BBC Brasil. "Ontem eu queria assistir à Mattab, mas a maioria na minha família queria ver a Elhara, então não consegui ver", disse Nasser.
Huda, secretária da Autoridade Palestina em Belém, assistiu ao primeiro capítulo de Mattab e gostou muito. "Adorei", disse Huda. "É muito mais interessante do que a telenovela síria porque se passa aqui e conta sobre a nossa própria realidade."

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