Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u441160.shtml
A venda pela internet não funcionou, por telefone entrou em colapso e quem conseguiu mesmo ingressos para os shows da cantora Madonna em São Paulo enfrentou mais de 12 horas de fila. Um sistema de senhas foi improvisado pela empresa para evitar tumultos no primeiro dia de venda.
As apresentações ocorrem nos dias dias 18 e 20 de dezembro no estádio do Morumbi.
Com apenas uma exceção a todo o caos, a bilheteria do Credicard Hall levou os trabalhos com tranqüilidade à noite, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Durante o dia, filas também foram registradas no local.
A situação mais crítica foi na bilheteria do Parque Antarctica, que não funcionará nesta quinta-feira --o ponto-de-venda foi transferido para o parque Villa Lôbos, também na zona oeste.
Muitos dos que tentaram comprar ingressos pela internet e pelo telefone, acabaram se dirigindo à bilheteria ao se verem frustrados em suas tentativas. A Folha Online tentou durante a madrugada adquirir ingressos no site e posteriormente pelo telefone, mas sem sucesso.
"A internet não funcionou, tentei comprar da meia-noite até as 4h", disse Valério Siqueira, 35, funcionário público, que estava desde 10h na fila do ginásio Ibirapuera e ainda não havia conseguido comprar o ingresso por volta de 20h30.
De acordo com a empresa, a demanda por ingressos ficou acima do previsto. Na primeira hora de venda (à meia-noite) foram 70 mil acessos simultâneos e na segunda hora, 42 mil. Só em São Paulo foram mais de 80 mil cadastros para a compra de ingressos.
Mesmo com pane, às 16h a Time for Fun, empresa que organiza o evento, informou que parte dos ingressos já havia se esgotado. Não havia mais pista VIP (R$ 600), cadeiras superiores (R$ 300) e cadeiras inferiores azul e vermelha (R$ 250). A cadeira inferior laranja estava esgotada para o dia 20.
Idosos
Fãs da cantora ficaram revoltados com o suposto uso de idosos e mulheres grávidas para usarem a fila preferencial.
Um grupo de 50 idosos chegou a ser vaiado na fila do ginásio Ibirapuera.
"Às 11h, começaram a chegar velhinhas sem parar. Muita gente está pedindo para a avó comprar ingresso, e outros estão pagando para os idosos ficarem na fila", disse Lygia Amorim, 25.
A fila para compra no parque Antarctica chegou a ter cerca de 2.000 pessoas, segundo a polícia militar.
Desculpas
Os problemas enfrentados pela companhia Time For Fun para a venda de ingressos para o show de Madonna são qualificados como crise no linguajar do ambiente corporativo.
Para o especialista Ivan Pinto, professor de marketing da ESPM, em casos de crise, a empresa deveria ser a primeira a vir a público e relatar a situação.
A polêmica sobre o show começou já em seu anúncio, quando Procon e o Idec se manifestaram contra restrição de cartões e o valor cobrado pela taxa de conveniência.
A Time for Fun acabou desistindo da restrição de compra por duas bandeiras de cartão de crédito para o show no Rio e para o segundo dia de apresentação em São Paulo. No entanto, o problema da venda, que já havia sido anunciado com a confusão no Rio, foi pior em São Paulo.
Cambistas
Os ingressos para os shows estavam sendo negociados por cambistas por aproximadamente o triplo de seu preço (sem a taxa de conveniência) nas proximidades do ginásio Ibirapuera na noite de hoje.
No entanto, os comerciantes disseram que não havia ainda muitos interessados, pois os fãs insistiam em tentar comprar no ponto-de-venda suas entradas. Ingressos de R$ 600 estavam sendo comercializados por pelo menos R$ 1.500 nas proximidades do ponto-de-venda do Credicard Hall --único local no qual não é cobrada taxa de conveniência.
Durante à tarde, próximo ao ginásio do Ibirapuera, os cambistas cobravam R$ 1.300 pela entrada. No local, por causa da taxa de conveniência de 20%, o ingresso saia por R$ 720.
Depois de ficar desde as 2h desta quarta-feira na fila, a psicóloga Violeta Klintowitz, 25, disse estar aliviada,por volta das 20h30, por estar a poucos passos do guichê no Parque Antartica.
Klintowitz era a segunda da fila e reclamava da ação de cambistas durante todo o período que ficou aguardando chegar a sua vez.
"A pista vip foi quase toda vendida para cambista", afirmou. Segundo Violeta, além dos cambistas, durante a noite era preciso ficar desperto para evitar que a fila fosse furada.
Alegria e Cansaço
Os fãs de Madonna que conseguiam ingressos comemoravam na saída das bilheterias. Laís Quintella, 23, foi às lágrimas e comemorou muito com as amigas a conquista do ingresso após passar 13 horas na fila.
Vinda de Maceió, ela chegou às 10h desta quarta-feira no Parque Antarctica, levou banquinho e almofada para poder agüentar a longa espera. Por volta das 21h30, conseguiu finalmente pegar o ingresso. "Estou cansada", disse, enquanto abraçava amigos.
A estudante de enfermagem Thaís Abad Tunon, 22, chegou na fila por volta de 6h30 de hoje e conseguiu comprar seus dois ingressos perto de 20h30.
'Estou cansada, porém orgulhosa', disse a estudante, que adquiriu duas entradas inteiras, no valor de R$ 180, que, com a taxa de conveniência, custaram R$ 216.
A venda pela internet não funcionou, por telefone entrou em colapso e quem conseguiu mesmo ingressos para os shows da cantora Madonna em São Paulo enfrentou mais de 12 horas de fila. Um sistema de senhas foi improvisado pela empresa para evitar tumultos no primeiro dia de venda.
As apresentações ocorrem nos dias dias 18 e 20 de dezembro no estádio do Morumbi.
Com apenas uma exceção a todo o caos, a bilheteria do Credicard Hall levou os trabalhos com tranqüilidade à noite, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Durante o dia, filas também foram registradas no local.
A situação mais crítica foi na bilheteria do Parque Antarctica, que não funcionará nesta quinta-feira --o ponto-de-venda foi transferido para o parque Villa Lôbos, também na zona oeste.
Muitos dos que tentaram comprar ingressos pela internet e pelo telefone, acabaram se dirigindo à bilheteria ao se verem frustrados em suas tentativas. A Folha Online tentou durante a madrugada adquirir ingressos no site e posteriormente pelo telefone, mas sem sucesso.
"A internet não funcionou, tentei comprar da meia-noite até as 4h", disse Valério Siqueira, 35, funcionário público, que estava desde 10h na fila do ginásio Ibirapuera e ainda não havia conseguido comprar o ingresso por volta de 20h30.
De acordo com a empresa, a demanda por ingressos ficou acima do previsto. Na primeira hora de venda (à meia-noite) foram 70 mil acessos simultâneos e na segunda hora, 42 mil. Só em São Paulo foram mais de 80 mil cadastros para a compra de ingressos.
Mesmo com pane, às 16h a Time for Fun, empresa que organiza o evento, informou que parte dos ingressos já havia se esgotado. Não havia mais pista VIP (R$ 600), cadeiras superiores (R$ 300) e cadeiras inferiores azul e vermelha (R$ 250). A cadeira inferior laranja estava esgotada para o dia 20.
Idosos
Fãs da cantora ficaram revoltados com o suposto uso de idosos e mulheres grávidas para usarem a fila preferencial.
Um grupo de 50 idosos chegou a ser vaiado na fila do ginásio Ibirapuera.
"Às 11h, começaram a chegar velhinhas sem parar. Muita gente está pedindo para a avó comprar ingresso, e outros estão pagando para os idosos ficarem na fila", disse Lygia Amorim, 25.
A fila para compra no parque Antarctica chegou a ter cerca de 2.000 pessoas, segundo a polícia militar.
Desculpas
Os problemas enfrentados pela companhia Time For Fun para a venda de ingressos para o show de Madonna são qualificados como crise no linguajar do ambiente corporativo.
Para o especialista Ivan Pinto, professor de marketing da ESPM, em casos de crise, a empresa deveria ser a primeira a vir a público e relatar a situação.
A polêmica sobre o show começou já em seu anúncio, quando Procon e o Idec se manifestaram contra restrição de cartões e o valor cobrado pela taxa de conveniência.
A Time for Fun acabou desistindo da restrição de compra por duas bandeiras de cartão de crédito para o show no Rio e para o segundo dia de apresentação em São Paulo. No entanto, o problema da venda, que já havia sido anunciado com a confusão no Rio, foi pior em São Paulo.
Cambistas
Os ingressos para os shows estavam sendo negociados por cambistas por aproximadamente o triplo de seu preço (sem a taxa de conveniência) nas proximidades do ginásio Ibirapuera na noite de hoje.
No entanto, os comerciantes disseram que não havia ainda muitos interessados, pois os fãs insistiam em tentar comprar no ponto-de-venda suas entradas. Ingressos de R$ 600 estavam sendo comercializados por pelo menos R$ 1.500 nas proximidades do ponto-de-venda do Credicard Hall --único local no qual não é cobrada taxa de conveniência.
Durante à tarde, próximo ao ginásio do Ibirapuera, os cambistas cobravam R$ 1.300 pela entrada. No local, por causa da taxa de conveniência de 20%, o ingresso saia por R$ 720.
Depois de ficar desde as 2h desta quarta-feira na fila, a psicóloga Violeta Klintowitz, 25, disse estar aliviada,por volta das 20h30, por estar a poucos passos do guichê no Parque Antartica.
Klintowitz era a segunda da fila e reclamava da ação de cambistas durante todo o período que ficou aguardando chegar a sua vez.
"A pista vip foi quase toda vendida para cambista", afirmou. Segundo Violeta, além dos cambistas, durante a noite era preciso ficar desperto para evitar que a fila fosse furada.
Alegria e Cansaço
Os fãs de Madonna que conseguiam ingressos comemoravam na saída das bilheterias. Laís Quintella, 23, foi às lágrimas e comemorou muito com as amigas a conquista do ingresso após passar 13 horas na fila.
Vinda de Maceió, ela chegou às 10h desta quarta-feira no Parque Antarctica, levou banquinho e almofada para poder agüentar a longa espera. Por volta das 21h30, conseguiu finalmente pegar o ingresso. "Estou cansada", disse, enquanto abraçava amigos.
A estudante de enfermagem Thaís Abad Tunon, 22, chegou na fila por volta de 6h30 de hoje e conseguiu comprar seus dois ingressos perto de 20h30.
'Estou cansada, porém orgulhosa', disse a estudante, que adquiriu duas entradas inteiras, no valor de R$ 180, que, com a taxa de conveniência, custaram R$ 216.
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